Quando os policiais chegaram ao local perceberam a presença de aproximadamente 50 garimpeiros dentro da Planta de Rejeito que ao perceberem a aproximação da viatura e com receio de serem presos começaram a jogar pedras e efetuar disparos de arma de fogo contra os militares, realizando uma espécie de “cerco” aos dois policiais que ali estavam. Imediatamente foi solicitado reforço policial e com isso a quantidade de infratores dentro da mineradora também aumentou, chegando a cerca de 100 pessoas segundo informações.
Os militares revidaram a injusta agressão efetuando disparos de arma de fogo e com munições de elastômero (borracha), foi necessário até o uso de granadas lacrimogêneas. Após a chegada do apoio policial os garimpeiros se dispersaram e a PM recolheu uma grande quantidade de materiais abandonados por eles, como carpetes, ferramentas e dois celulares.
Informações dão conta que um garimpeiro ficou ferido no braço com os disparos, mas até o presente momento não procurou atendimento hospitalar provavelmente com medo de ser preso.
O fato ganhou repercussão e um garimpeiro (que não quis se identificar) entrou em contato com o programa Rota do Crime na rádio Vitória, com Ailton Pinheiro, e apresentou uma versão diferente do fato. Segundo ele não houve disparos de arma de fogo por parte dos garimpeiros e que os militares já teriam chegado atirando. Versão contraditória com a realidade, pois ao término da ocorrência quatro veículos utilizados pela segurança da mineradora ficaram danificados pelos disparos efetuados por parte dos garimpeiros.
Este mesmo garimpeiro expôs a necessidade de uma conversa ou audiência publica para resolver o problema do garimpo em nossa cidade.
Por parte da Polícia Militar os esclarecimentos foram os seguintes:
O subcomandante do 45º BPM, Major Vitor, afirmou que os garimpeiros efetuaram “SIM” disparos contra os dois policiais militares que ali estavam para atender a ocorrência. Ele ainda disse que a Polícia Militar age respeitando o princípio da Legalidade e que uma pessoa que usa um veículo de comunicação para fazer acusações levianas sem se quer ter coragem de se identificar não merece crédito algum. “Em primeiro lugar é necessário assumir a responsabilidade por seus atos, até então eu nem sei quem é esse cidadão e não debaterei com ele”, reforçou o Major em sua fala durante a entrevista.
O Major ainda enfatizou que um indivíduo que entra em propriedade alheia, efetua disparos contra policiais, se junta a mais de 100 pessoas para “cercar” os policiais como aconteceu naquela noite e depois disso tenta desqualificar uma instituição com mais de 200 anos de existência e seriedade, esse indivíduo não pode ser levado a sério. “Usar o microfone de uma rádio de maneira irresponsável colocando a conduta dos militares em cheque, profissionais que estão ali sacrificando a própria vida em prol da sociedade, que em muitos casos sequer reconhece isso, é inadmissível”, disse o subcomandante.
Segundo a polícia não é a primeira vez que esse tipo de situação acontece dentro da mineradora e que essas pessoas que ali invadem estão tentando contra a vida dos militares e que elas não reconhecem a polícia como garantidora da ordem e segurança na sociedade. O Major ainda deixou claro que a polícia está buscando identificar esses infratores para efetuar as prisões, pois uma resposta tem que ser dada à sociedade que não pode mais continuar convivendo com essa situação caótica e achá-la normal.
O subcomandante deixou claro que os policiais não tinham alternativa para resguardar as suas vidas e que agiram no estrito cumprimento do dever legal, não houve excessos e a ação foi legítima. Qualquer um que achar que houve excesso pode procurar o Ministério Público e que se restar comprovado os policiais serão responsabilizados pelos seus atos. “Não posso receber com flores quem nos recebe com balas”, disse o Major.
Ainda segundo o Major tem sido frequente resistência por parte dos garimpeiros em ações da polícia diariamente. A polícia reconhece quando erra e busca corrigir suas ações e que os policiais de Paracatu apesar de todas as dificuldades tem feito um bom serviço no combate à criminalidade na cidade.
“Não vamos fugir da nossa responsabilidade. Esperamos que a situação se resolva sem maior gravidade e que este episódio seja um divisor de águas para que reflitam que está na hora de parar”, afirmou o subcomandante.
Ao final da entrevista o Major incitou a população que denuncie e ajude a identificar esses garimpeiros, que assim como os bandidos que praticam assaltos na cidade, são perigosos sim, e que a partir do momento que enfrentam os policiais como estão fazendo, estão enfrentando o Estado e agindo como verdadeiros criminosos.
Denuncie através do 181 e colabore com o trabalho da polícia!
Por Lorranne Marques
Fotos: Polícia Militar
Colaboração: Programa Rota do Crime – Ailton Pinheiro