Estagiária de administração descobre a evolução do marketing a partir dos arquivos de 1953

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Por meio de convênio existente entre a Prefeitura Municipal de Paracatu e a Faculdade Tecsoma, que viabiliza o estágio supervisionado nos órgãos da administração municipal, o Arquivo Público tem sido campo fértil para a consecução de pesquisas como a desenvolvida pela estagiária do 7º período de Administração de Empresas, Marisete Queiroz.

Para a estudante, a experiência de estagiar numa organização cultural tem trazido uma série de benefícios, como a participação na dinâmica de atendimento ao público usuário de centros de documentação e informação(Arquivos, Bibliotecas, Museus), o conhecimento das técnicas de digitalização de documentos, a observação das relações de trabalho dos servidores públicos, a prática da logística de organização dos registros documentais e a possibilidade de desenvolver pesquisas com base nas fontes alocadas no acervo da instituição.

O artigo abaixo é de autoria da futura administradora de empresas e caracteriza algumas nuances do marketing em 1953 e das Leis do marketing aplicadas em tempo atuais. Confira!


A evolução do marketing a partir dos arquivos de 1953

Por Marisete Queiroz (*)

O mercado tem-se tornado cada vez mais exigente ao longo dos anos e para melhor gerir as relações de fidelidade e a conquista por clientela, os administradores tem contado com uma importante ferramenta denominada marketing. Este por sua vez constitui-se como parte do processo de produção e da troca que está relacionada com o fluxo de bens e serviços dos produtos destinados ao consumidor. De acordo com Theodore Leuilt, Marketing pode ser definido como “o processo de conquistar e manter cliente”.

Desde 1953 é possível identificar que muitas mudanças ocorreram com relação à propaganda e a forma de seduzir o cliente, pois antes havia muitas informações, figuras para chamar atenção do consumidor, enquanto que hoje os profissionais de marketing usam estratégias simples e direcionadas a um publico alvo. Ao tomar como base as leis do marketing (RIES, TROUT, 1993), é possível destacar a Lei do Foco que afirma: “é necessário fazer de tudo para que o seu produto seja o foco na mente do cliente”. Pode-se constatar a aplicação desta lei quando se vê um produto associado a uma determinada frase capaz de influenciar a escolha por parte do consumidor, a exemplo da campanha publicitária empreendida pelas Lojas Ricardo Eletro, cuja frase afirma “preço é tudo”.

Já em alguns anúncios publicados na Revista Cruzeiro de 1953, cujos exemplares encontram-se no riquíssimo acervo do Arquivo Público de Paracatu, Minas Gerais, nota-se não somente a versatilidade de alguns fabricantes, mas também uma quantidade maior de informações, tanto visuais quanto textuais agregadas à publicidade dos produtos da década de 50.

O fato é que a propaganda é fundamental para que o cliente conheça o produto, mas é indispensável também conhecer bem o mercado, suas tendências, a vontade do consumidor, o que ele pensa sobre o fornecedor, o que aliás não é tarefa fácil.
No marketing há 22 leis que direcionam o profissional desta área a tomar as melhores decisões e também auxiliam as empresas na escolha por melhores caminhos a serem seguidos. Exemplo disto é a lei do sacrifício, que prega: “para conseguir-se alguma coisa é preciso desistir de alguma coisa” (RIES, TROUT, 1993).

Na figura acima, pode-se ver uma propaganda do ano de 1953 de um modelo de sapato e também de salto para calçados, ambos da marca Goodyear, e o que se percebe é que atualmente o fabricante mantém seu foco na produção de pneus, e não mais naqueles utensílios os quais os vislumbrara no passado.

Já a marca Bombril, esponja de aço mais conhecida no mercado brasileiro, figura como a marca do gênero que entrou primeiro na mente do consumidor e que também serve para constatar a obediência a umas das Leis do Marketing, que é a lei da mente, ou seja, a de que “é melhor ser primeiro na mente do que ser o primeiro no mercado”. (RIES,TROUT, 1993).

Ser o primeiro na mente do cliente potencial é tudo em marketing, de acordo com as leis defendidas pelos escritores Al Ries e Jack Trout. A célebre frase de conhecimento geral afirma que “propaganda é a alma do negócio”, mas o foco deve estar no consumidor e não no produto, de maneira que se torna indispensável buscar as melhores formas de conquistar o cliente, porque de fato não há uma fórmula, mas sugestões para fazer-se o melhor, afinal, como diria um certo professor do ramo do marketing, em Paracatu: “tudo depende, tudo é relativo”.

(*) Marisete Queiroz é estudante do 7º período de Administração de Empresas da Faculdade Tecsoma e estagiária do Arquivo Público Municipal de Paracatu-MG


Referências


RIES, Al, TROUT, Jack. As 22 consagradas leis do marketing. São Paulo: Makron Books: Madia e Associados, 1993.

LEVITT, Theodore. A miopia do marketing. Harvard Business Review: [s.l], 1960.

O CRUZEIRO. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, n.52, Out., 1953.

GOODYEAR. Disponível em: . Acesso em: 12 abr 2010.

Bom Bril lança peça satirizando Ronaldo. Senso (in)Comum (…). Disponível em: . Acesso em: 13 abr 2010.
XMCred Soluções Financeiras
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