Leishmaniose faz primeira vítima em Paracatu

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Foi confirmada, através de investigações laboratoriais, a primeira morte por Leishmaniose em Paracatu. A vítima, segundo o Dr. Paulo Morais (foto), diretor técnico do Hospital Municipal, a vítima era moradora do Bairro do Paracatuzinho, e sua filha, de 1 ano e 6 meses, também se encontra internada na cidade de Patos de Minas vítima da mesma doença.

A Leishmaniose é transmitida através da picada de mosquitos flebotomíneos, ou através do contato com mamíferos, em sua maioria cachorros, que são hospedeiros do protozoário do gênero Leishmania. A Leishmaniose visceral, que causou a morte da paciente paracatuense, é a forma mais aguda da doença, que atinge diretamente órgãos como fígado e baço, e causa febre, cansaço, anemia e falta de apetite.

Atualmente, Paracatu conta com 19 casos suspeitos da doença e 8 confirmados. O alerta das autoridades de saúde é para que a população fique atenta ao comportamento do seu animal doméstico, no caso, cachorro, visto que este é o hospedeiro mais comum dos protozoários causadores da Leishmaniose.

A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é a doença provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos (Ordem Diptera; Família Psychodidae; Sub-Família Phlebotominae), também chamados de mosquito palha ou birigui. No Brasil existem atualmente 6 espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana, e mais de 200 espécies de flebotomíneos implicados em sua transmissão.

Trata-se de uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos. Estima-se que, entre 1985 e 2003, ocorreram 523.975 casos autóctones, a sua maior parte nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.

As leishmania são transmitidas pelos insetos fêmeas dos gêneros Phlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo). A leishmaniose também pode afetar o cão ou a raposa, que são considerados os reservatórios da doença, descoberta pelo médico-sanitarista Thomaz Corrêa Aragão, em 1954 assim como a cura.

Causa da doença

A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas ( protozoário Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada.

Manifestação e características

Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.

A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano.

Transmissão

Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue, e, que , dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.

Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, etc, é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, inclusive, em cachorros de estimação.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.

Prevenção e tratamento

A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver nestes locais de risco, etc.

Esta doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar a óbito.

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