A Mineradora Kinross produziu 477,6 mil onças de ouro no ano de 2015 na mina Paracatu. O volume foi 8,3% menor do que as 521 mil onças de 2014, devido, segundo a empresa, à escassez de chuvas durante o último trimestre de 2015.
Conforme consta no relatório de resultados da empresa, a Kinross estima que as perdas devido à estiagem foram de aproximadamente 28 mil onças de ouro, somente no último trimestre do ano passado. Baseado nos volumes relevantes de chuvas de janeiro de 2016, a mineradora não fez projeções de produção para a primeira metade do exercício.
Em termos de vendas também houve queda. A mineradora informou que vendeu 484,7 mil onças de ouro extraídas da mina de Paracatu em 2015, uma queda de 5,4% em relação ao volume comercializado no ano anteior, quando somou 512,3 mil onças da commodity.
A Kinross vem tocando um projeto para otimizar sua planta de beneficiamento e as operações de hidrometalurgia em Paracatu. Conforme já divulgado, a empresa pretende reduzir o consumo de energia, aumentar a disponibilidade de água para recirculação, ampliar a recuperação de ouro e da vida útil da barragem, além de possibilitar a melhor qualidade dos rejeitos.
A Mina de Paracatu foi a última da companhia a passar pelo programa de otimização, do qual fazem parte essas melhorias na planta de beneficiamento e das atividades de hidrometalurgia. Conforme informado pela mineradora anteriormente, com a nova metodologia, as reservas de ouro na mina de Paracatu ficaram em 10,5 milhões de onças.
Redução da vida útil da Mina – Apesar de tudo indicar que a Kinross está investindo em melhorias nas suas operações, a mineradora anunciou no começo de 2015 que havia reduzido em 12 anos a estimativa de vida útil da mina de Paracatu, passando de 2042 para 2030. A companhia revisou o plano de exploração do ativo minerário, que teve também um corte de 6,8 milhões de onças em suas reservas de ouro.
A retração se deu em função de um programa de otimização dos planos de mina implantada pela companhia em suas operações. A empresa passou a utilizar uma nova metodologia para estimar suas reservas, levando-se em consideração uma série de custos operacionais. Além disso, no final de 2014, a Kinross já havia anunciado durante conferência com investidores que iria reduzir suas operações no Brasil e também no Chile.
Na ocasião, a mineradora, que tem ações negociadas nas bolsas de valores de Toronto e Nova York, comunicou, ainda, que vai unir seus setores nas Américas do Norte e do Sul em uma única divisão.
No Brasil, a Kinross atua nas atividades de pesquisa e desenvolvimento mineral, mineração, beneficiamento e comercialização de ouro. A companhia é a maior produtora de ouro do País, responsável por cerca de 25% da produção nacional.
Com informações de: Leonardo Francia.
