Na tarde de ontem (10) aconteceu a primeira reunião do ano de 2016 do poder legislativo de Paracatu. A sessão foi iniciada com uma oração onde os vereadores agradeceram a Deus pelas graças concedidas e aproveitaram para pedir forças para continuar o trabalho de defesa em prol da comunidade.
A primeira tribuna do ano foi ocupada pelo desportista Raimundo Alves Torres, conhecido como “Raimundo Terra Seca”, que falou sobre sua luta por incentivos ao esporte. Ele pediu aos vereadores atenção e sensibilidade quanto à possível redução do valor do repasse a ser destinado ao time profissional de futebol de Paracatu, que está tramitando na Prefeitura.
Segundo “Terra Seca”, em 2015 o valor repassado foi de 250 mil ao time, já esse ano, o repasse será de apenas 100 mil. “Já foi difícil atuar com a renda do ano passado. Imagina este ano”, reforçou. Além da redução para este ano, ele comparou o orçamento do time de nossa cidade com o da cidade de Luziânia – GO, que é de 900 mil, sendo que a arrecadação anual de Paracatu é bem maior do que daquela cidade: 250 milhões (Paracatu) comparado a 180 milhões (Luziânia). “Não faço parte da Diretoria do Clube, mas acho que merecemos mais que isso e temos que oferecer aos jogadores e torcedores o mínimo”, encerrou.
Já o vereador Glewton de Sá (PROS) reforçou o apelo de ajuda e rebateu que os vereadores precisam acionar a justiça com o objetivo de fazer valer um Projeto de Lei do ex-vereador Wilson Martins, onde empresas podem reduzir até 40% dos impostos municipais IPTU/ISS e repassar essa quantia para esporte local.
O vereador Marlon Gouveia (PHS) também usou a tribuna e apresentou o tema da campanha da fraternidade de 2016: “Casa comum, Nossa Responsabilidade”, que tem como objetivo alertar para os cuidados com a saúde integral e qualidade de vida através do desenvolvimento e preocupação com o saneamento básico da população.
Segundo dados divulgados pelo Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristã), o Brasil possui mais de 100 milhões de pessoas sem saneamento básico e por isso a importância da campanha. Aproveitando o tema, os vereadores Ragos Oliveira (PT) e o presidente João Arcanjo falaram que em Paracatu ainda existe rede de esgoto a céu aberto e esgoto que cai na praia do Córrego Rico. Ragos ainda ressaltou que a Câmara deve acionar a Copasa para esclarecer o porquê deste descaso com o meio ambiente e onde estão os investimentos da empresa.
Outros assuntos foram discutidos e expostos durante a reunião: Vereadora Marli Ribeiro (PTB) e o vereador Marcos Oliveira (PTB) lembraram dos eventos que suas igrejas realizaram no período de carnaval, onde reuniu pessoas de várias cidades diferentes para louvar e glorificar o Senhor.
Oswaldinho da Capoeira (PMDB) lembrou que “grupos organizados” estão questionando os gastos da Câmara, mas também devem cobrar esclarecimentos do executivo, que tem cerca de 300 milhões para “gastar”, mas ninguém contesta, enquanto a Câmara possui uma verba de 1 milhão. “Paracatu está entre as 10 cidades que mais arrecada no Estado e não vemos nada acontecer”.
Já a vereadora Eloísa Cunha (PMDB) disse que recebeu das funcionárias do CRAS a notícia de que elas terão que procurar outro local para ser instalado o centro e que esse local terá que ser cedido gratuitamente, pois o município não tem verba para alugar um novo local, segundo a prefeitura. Questão grave e que merece ser esclarecida!. “Além disso, nenhum PSF da cidade tem frasco para colocar a lâmina da prevenção das mulheres, o mamógrafo continua quebrado e medicamentos estão faltando no Hospital”.
O vereador Ragos Oliveira manifestou que pessoas estão querendo entrar com processo contra vereadores e mandou um recado: “Cada um então que amole suas ferramentas, pois não vamos nos curvar e aceitar que tentem nos diminuir. Estamos aqui para defender a sociedade e se for preciso defenderei minha honra com meu sangue e mais ainda defenderei aqueles que mais precisam”.
Por Lorranne Marques
