Apesar da crise, prefeito está “de joelho virado para a lua”

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          Definitivamente, o prefeito Olavo Condé, do PSDB, pré-candidato à reeleição, não pode reclamar da sorte em termos políticos. E isso, aliás, não deixa de constituir motivo de preocupação para seus prováveis concorrentes de outubro próximo. Os cofres públicos, aqui e alhures, estão numa pitimba de fazer dó, o que levou a sua administração a cortar os gastos com o Carnaval/2016. Apesar de o evento agora não apoiado ser do agrado de milhares de paracatuenses, bem como de milhões de brasileiros, a população local, de acordo com pesquisas, majoritariamente, não só entendeu, mas, salvo exceções partidas de amantes da folia, apoiou e aplaudiu o corte. Ao invés do esperado tiroteio, um instante de calmaria
          A atual crise econômica abriu um monumental buraco nos cofres públicos de maneira geral. Muitas administrações vêm anunciando parcelamento do pagamento da folha de pessoal e drásticos cortes de despesas e projetos, tudo em decorrência da brutal queda nas receitas, aí inseridos os repasses estaduais e federais, principais fontes de sustentação de muitos municípios de Minas e do Brasil. Sem falar na educação, a saúde pública, em quase todo lugar, sobretudo em tempos de dengue, chikungunya e zika, está no leito de morte. Em Paracatu, ela está, digamos, menos ruim, mas a segurança pública, para merecer ser classificada de deficiente,  tem que melhorar muito…
          O prefeito ficou numa “sinuca de bico”: como retirar o apoio oficial aos festejos momescos, que absorveriam cerca de R$ 400 mil, mas constituem uma tradição e uma alegria sem igual para o povo de norte a sul do Brasil? Por outro lado, como fazer omelete sem quebrar os ovos, gastando recursos que andam escassos, ainda mais num evento que já serviu de palco para atos violentos e justamente no momento em que a violência voltou a crescer no município? Consultado via sondagens não formais, mas que a administração entendeu válidas, o cidadão apoiou a supressão de gastos, que também ocorreu uma vez  no governo anterior por culpa da dengue. Ou seja, Condé não gastará com o Carnaval/2016 o dinheiro que já não tinha e ainda estará acatando a opinião majoritária da população consultada – sonho dourado de todo político, sobretudo em ano eleitoral.
          Os outros pré-candidatos a prefeito, então, que se cuidem: apesar da crise e de outros pesares, Olavo Condé está “de joelho virado para a lua”…      
 

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

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