Em dificuldades financeiras, dezenas de prefeituras mineiras cancelaram os investimentos no carnaval de rua e até o momento pelo menos 15 outras reduzem gastos, incluindo cidades com tradição na festa popular como Diamantina e Ouro Preto, que terão eventos bem mais modestos.
Segundo reportagem do Jornal o Estado de Minas, a falta de receitas provocou o cancelamento dos festejos e a maioria das prefeituras transferiu para a iniciativa privada a responsabilidade de arcar com os principais custos, garantindo apenas os serviços essenciais, como limpeza urbana e banheiros químicos.
Na região Noroeste de Minas e Alto Paranaíba várias cidades já confirmaram o cancelamento da festa promovida pela prefeitura ou terceirização para a iniciativa privada.
Na cidade vizinha de Patos de Minas, o Prefeito Pedro Lucas afirmou que o dinheiro que seria gasto pela prefeitura será destinado a outras questões mais essenciais. Lagoa Formosa e Presidente Olegário também já haviam anunciado que não realizariam a festa, deixando a responsabilidade para a iniciativa privada. A principal justificativa é a crise em que passa o país. “-Não conseguimos nem quitar o 13º de todos os funcionários. Entre saúde e carnaval, vou me preocupar mais com a área da saúde”, justifica o Prefeito.
Em Paracatu, desde o aniversário da cidade, festa que durou uma semana, a sociedade tem se manifestado de forma contrária, afirmando que o investimento deveria ser feito em áreas mais importantes.
Nas redes sociais a polêmica segue repercutindo. Um banner com o título “Paracatu sem Carnaval 2016” teve mais de 200 compartilhamentos em apenas uma hora de postagem.
A internauta Iorrane Tavares diz que a prioridade é segurança. “-Não precisamos de distrações, precisamos de segurança! Pão e circo não vai colar.” Disse.
Já Jéssica Coimbra, trocaria o investimento na festa popular por saúde pública. “-Não precisamos de carnaval, mas sim de saúde pública digna para todos os cidadãos, além de segurança.”
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