Alerta para a possível nova mídia manipuladora e a internet do vizinho

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Uma notícia correu essa semana nos meios digitais e chegou à grande mídia como uma bomba. Mais uma polêmica em tempos de crise. Segundo Robert Epstein, PhD em psicologia pela Universidade de Harvard e pesquisador sênior do Instituto Americano para Pesquisa Comportamental e Tecnologia, a  Google teria determinado o resultado das últimas eleições presidenciais no Brasil, que no caso reelegeu Dilma Rousseff.
O Pesquisador chegou até essa conclusão com base em pesquisas em eleições presidenciais de outros países, como a Índia, em 2014. O pesquisador afirmou que a gigante das buscas tem o poder de não só influenciar, mas como determinar o resultado de um quarto de todas as eleições nacionais do mundo, seja para presidente ou até mesmo para Assembléias Estaduais e para a Câmara Federal.
Segundo ele, o site pode afetar até mesmo as disputas mais concorridas, como a que aconteceu no ano passado, quando Dilma Rousseff venceu Aécio Neves com uma margem de 3%.
Mas, será gente? Será que já estamos chegando ao que Edward Snowden chamou de futuro previsível? Que provou que nós éramos todos observados pelos serviços de segurança dos Estados Unidos. Sim, nós, incluindo você e a Presidente da República.
Bem, o certo é que ao longo da história, sempre desconfiamos que uma empresa, que alguém, alguma organização tivesse muito poder para influenciar os rumos da nação. Ou você nunca ouviu alguma teoria conspiratória que afirmava que a Rede Globo manipula os Brasileiros?  Que o Windows tem um componente de dominar a vida das pessoas… Bem, a bola da vez agora é a Google, e neste caso, o pesquisador acredita que a empresa precisa ser controlada.
A Google – é claro  – já se manifestou emitindo nota contrária ao estudo, afirmando que a hipótese não é verdadeira e que jamais alterou resultados de buscas para manipular os usuários.
Segundo a nota, "Não há nenhum fato verídico na hipótese levantada de que o Google poderia trabalhar secretamente para influenciar o resultado de uma eleição. O Google nunca alterou a classificação dos seus resultados de busca em nenhum dos tópicos pesquisados pelos usuários (incluindo eleições) para manipular a opinião pública.”
A nota finaliza com a negação veemente, baseada na confiança dos internautas.
“Desde o início, nosso objetivo com a busca é fornecer as respostas e resultados mais relevantes para nossos usuários e qualquer alteração nesta conduta acarretaria na diminuição da confiança em nossos resultados e, por consequência, em nossa empresa."  Finaliza a nota.
O certo é que a questão levanta um debate sobre o quanto as tecnologias podem influenciar nas decisões e na vida dos brasileiros, principalmente aqueles usuários de internet e o quanto as grandes empresas globais se beneficiam deste assunto.
Bem, se isso for verdade, mesmo que não é influenciado, quer ser a qualquer custo, nem que seja através do vizinho.
Eu explico.
A última edição de uma pesquisa Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada na última semana, aponta que 50% dos lares brasileiros, ou aproximadamente 32 milhões em números absolutos, já estão conectados à internet. O percentual é praticamente estável se considerarmos o percentual de 2013 (49%). Mas, o que me chamou atenção no estudo é que, pela primeira vez, ficou constatado que 13% dos domicílios conectados acessam a rede pela conta do vizinho. No Nordeste porém esse número é maior, 22% das casas, pegam o sinal emprestado do vizinho.
 Apesar de o Marco Civil da Internet garantir entre os seus artigos o “direito de acesso a todos”, os dados mostram que a renda ainda é um limitador a esse “direito.”
Agora você entendeu porque seu vizinho ficou bem mais amigável depois que você colocou internet banda larga com wi fi na sua casa né?
 

* Glauber César é Analista de Sistemas, Professor Universitário e Perito Judicial Especializado em Tecnologia.

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