Articulação em alta! Vetos e votos confusos na Câmara de Vereadores

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Três pontos chamaram atenção durante as votações na última reunião na casa legislativa de Paracatu. Durante análise dos vetos do prefeito a emendas do Vereador Joãozinho Contador (PSDB), e Glewton de Sá (PROS), o destaque ficou por conta da articulação política encabeçada pelo líder de governo, vereador Hamilton Batista (PSDB).

O primeiro ponto de divergência, tratava da execução orçamentária obrigatória através de ementas parlamentares, o conhecimento “orçamento impositivo”. O pedido do líder de governo, foi que os vereadores da base mantivessem todos os vetos do prefeito e se posicionassem contra a emenda de Contador. Tal pedido deu início à discussões acaloradas.

Joãozinho Contador (PSDB), defendeu sua emenda. “-Talvez não consigamos os votos para derrubar o veto do prefeito e manter essa emenda do orçamento impositivo que na verdade é bem mais participativo, pelo sentimento do dever legislativo que muitos aqui nesta casa não o tem, mas fica o meu pedido para que cada Vereador pensem melhor no assunto, independente de ser base ou oposição. Eu não acredito que um Vereador seja contra um projeto que vai dar condições da comunidade participar do governo. Esse veto aumenta o poder do prefeito e diminui a participação do governo e da comunidade.” Afirmou.

“-Faço uma defesa com o maior respeito à relatora Vereadora Marli Ribeiro, mas peço que todos façam um exame de consciência e votem contrário ao relatório da vereadora e assim, derrubaríamos o veto do prefeito.” Pediu Contador.

Apesar de ser de um partido que por tradição é de oposição ao PSDB de Joãozinho Contador, Ragos Oliveira (PT), também defendeu o orçamento impositivo. “-Eu chamo os colegas para um momento de reflexão pois a emenda do vereador Joãozinho é um sonho da comunidade. Dá o direito da comunidade participar do direcionamento e da execução das obras do município. O Orçamento hoje é uma mera peça de teatro, uma novela, um dramalhão mexicano que tem suplementação pra tudo, toda hora.” Denunciou Ragos.

 “-Esse relatório e esse veto a emenda do Vereador Joãozinho, transforma o Prefeito em um pequeno rei, pois coloca 220 milhões pra ele gastar do jeito que quiser, ao seu bel prazer. Eu sei que seremos vencidos pois o prefeito manda em alguns aqui nesta casa, mas a história dirá quem está certo ou quem está errado neste absurdo.”  Profetizou e finalizou Ragos.

Apesar dos apelos, a habilidade política do líder de governo mais uma vez foi determinante para a vitória da base governista. Vereadores da base governista garantem que a Vereadora Eloisa Cunha (PMDB), que exerce uma dura oposição ao governo Condé, votou favorável aos interesses do Prefeito graças a articulação do líder de governo, Professor Hamilton.

A favor da rejeição do emenda e favoráveis ao veto Prefeito, votaram oito vereadores:  Juscelino Carteiro (PHS), Greik Oliveira (PRB), Marli Ribeiro (PTB), Hamilton Batista (PSDB), Cabo Gilvan (SD), José Maria do Paracatuzinho (PSD), Cabo Camilo (PDT) e Eloisa Cunha (PMDB).

Votaram contrários ao veto do Prefeito, sete vereadores: Joãozinho Contador (PSDB), Glewton de Sá (PROS), Oswaldinho da Capoeira (PMDB), Rosival Araújo (PT), Joãozinho Chapuleta (SD) e Ragos Oliveira (PT).

No caso do projeto que cria possibilidade do ensino de empreendedorismo nas escolas, apesar da defesa de Contador, o placar também foi desfavorável ao parlamentar. “-Nós temos mais de 1500 CNPJ’s de pequenos empreendedores, somos um dos municípios que mais tem micro empreendedores no estado e por isso pedimos que se coloque na LDO para buscarmos condições de se ensinar os estudantes a serem empreendedores.”  Explicou.

O placar foi o mesmo, com 8 votos contra o projeto e 7 votos favoráveis, a emenda que insere a disciplina de empreendedorismo e ética também foi rejeitado na Câmara.

A única vitória da oposição durante a reunião da Câmara foi no Projeto que cria um Programa de incentivo aos estudos para alunos do ensino médio da rede pública municipal através da oferta de bolsas de estudos em Faculdades de Medicina do Município. O custeio das bolsas será através de desconto em impostos das instituições de ensino. Os alunos devem atender a critérios previamente estabelecidos por Conselhos de Educação.

Três vereadores da base governista votaram contrariando a orientação do líder de governo e desta forma o veto do prefeito foi rejeitado.

Ao final o Vereador Professor Glewton (PROS), comemorou e exclamou: “Pelo menos uma, desta vez, o pobre vai ter vez.”

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