Jornal Espanhol “EL PAIS” destaca reportagem sobre possível contaminação das águas de Paracatu por Arsênio.

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O Jornal Espanhol "EL PAIS" veiculou matéria sobre a possível contaminação das águas de vários córregos de Paracatu por arsênio, em decorrência da extração de ouro na mineração da cidade.

Na matéria com o título "Contaminação Ambiental" o periódico global aponta falhas no relatório do estudo apresentado pelo CETEM e ocultação de informações em documentos publicados originalmente em inglês.

Transcrevemos abaixo os principais pontos da reportagem e disponibilizamos link do conteúdo original.

CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL »

Mineração em Paracatu contamina cidade e expõe população ao arsênio

Relatório aponta concentrações até 200 vezes superiores ao permitido da substância

Bruna Gomes Caldas, de sete anos, costuma se refrescar no córrego Rico durante os dias quentes de Paracatu, noroeste de Minas Gerais. “Eu gosto de nadar no rio e pegar pedra no fundo”, diz a menina. O riacho, que corta a cidade ao meio, passa a um par de metros dos fundos de sua casa, no bairro Cidade Nova. Dezenas de residências, a maioria de famílias de baixa renda, foram construídas nas margens de terra do curso d’água, que também servem de área de lazer para Bruna: lá ela brinca, corre e ajuda a mãe, Queila, 28, a pendurar roupas no varal. Nenhuma das duas sabe, porém, que as águas do Rico e o solo do entorno estão altamente contaminadas com arsênio, um dos elementos químicos mais tóxicos da natureza.

A Prefeitura da cidade sabe dos riscos. Mas, segundo moradores, nada fez para alertar a população. “Ninguém nunca me disse nada sobre a possibilidade de contaminação”, diz Queila, que afirma desconhecer o que é arsênio. Em 2010 o Executivo municipal encomendou um estudo ao Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Governo Federal, com o objetivo de analisar os impactos que a mineração em larga escala provoca na saúde da população e no meio ambiente de Paracatu.

Desde 1987 a cidade abriga a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, que hoje é operada pela companhia canadense Kinross, que responde por 25% da produção nacional do minério. A companhia diz em seu site gerar "cerca de 1.300 empregos diretos e mais de 2.500 terceirizados" que totalizam "22% dos postos de trabalho formais do município", além de ser "a principal geradora de impostos" para a cidade. Em 2014 a companhia obteve receitas de 3,4 bilhões de dólares. A área total das instalações supera a de Paracatu, que tem 8.232 km² – em alguns pontos, a empresa é dona de tudo o que a vista alcança.

O arsênio, que é abundante nas rochas da região (leia abaixo), é liberado no ar e na água quando elas são explodidas para processamento nas instalações da empresa. Em dezembro de 2013 o relatório final do Cetem foi entregue à Prefeitura, e um resumo do documento foi tornado público e colocado na Internet. Nele foi destacado que “mais de 95% da população amostrada apresentou baixos teores de arsênio em urina”.

Veja a matéria completa em Português no link abaixo:

Mineração em Paracatu contamina cidade e expõe população ao arsênio

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