Ex Prefeito Arquimedes se defende e apresenta carta com nomes de suspeitos não investigados

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O Ex-Prefeito de Paracatu Antonio Arquimedes Borges de Oliveira, concedeu entrevista coletiva na última quinta-feira (08), para falar sobre a acusação por parte da Polícia Civil em que o colocou como o mandante do assassinato de Eustáquio Porto Botelho, vítima de queima de arquivo por ter denunciado um esquema milionário de desvio na Cooperativa de Paracatu – Coopervap.

Arquimedes iniciou a entrevista acusando a Polícia Civil de perseguição, conspiração e adiantando sua defesa que foi complementado pelos advogados presentes.

-“O Delegado faltou com a verdade e vai ser contestado na corregedoria. Ele falou o que ele quis, desfez o trabalho de anos de outros profissionais e apenas em uma semana veio aqui aprontou uma bagunça e falou que o Arquimedes havia feito isso, mas o Arquimedes é um cidadão de bem, uma pessoa que trabalha pela comunidade, pela cidade e pelo estado e não esta pessoa que ele colocou no processo. Ele apenas quis me incriminar.” Disse o Ex Prefeito.

Durante a entrevista, o Advogado criminalista Dr. César Bittencourt, classificou como “confusa e falha” as investigações e o inquérito. Também leu uma carta, que consta nos autos do processo em que, Eustáquio Porto Botelho, 3 anos antes do seu assassinato, registrou em cartório acusações contra três ex-diretores da Cooperativa, entre eles o atual presidente da Campo, Emiliano Pereira Botelho:

-“Durante o meu trabalho na Coopervap, constatei irregularidades cometidas pelo diretor José Carlos Quirino da Costa, levando o fato ao conhecimento do Sr Emiliano Pereira Botelho e Francisco de Assis Pereira. Esse fato causou minha demissão tempos depois e devido à ameaças feitas pelo diretor registrei esta carta. Caso algum acidente ou mesmo minha morte aconteça, torne esta carta pública a todos os meios de comunicação e exija esclarecimentos aos srs Emiliano Pereira Botelho, Francisco de Assis Pereira e José Carlos Quirino da Costa.”  A carta foi registrada em cartório no dia 17 de julho de 1992, 3 anos antes do assassinato de Eustáquio, conforme informou Dr. César Bittencout.

Arquimedes Borges também lançou dúvidas sobre o trabalho da Polícia de Paracatu.  “-Faltou vontade e interesse da Polícia pra encontrar os verdadeiros culpados desse crime e também pra descobrir outros crimes aqui em Paracatu, muitos crimes que aconteceram e até hoje não foram desvendados. A Polícia quando quer, desvenda o crime, mas quando não quer acontece isso. Nós vamos apresentar denúncia contra esse delegado na corregedoria e vamos processar também o estado.” Afirmou o Ex Prefeito.

O acusado afirmou que a questão é política e voltou a falar de uma uma possível “conspiração” contra a sua continuidade na política, que segundo ele, desagrada os “poderosos”. “-Eu não sei por que tanta inverdade, tanta conspiração e injustiça contra mim. Eu acredito que seja uma perseguição porque 42 mil votos, mexem com muita gente e fico indignado quando acontece isso na política porque eu sabia que tinha adversários, mas não inimigos deste nível.” Desabafou

Muito nervoso, o segundo advogado presente na coletiva acompanhando o ex-prefeito, José Júnior, sugeriu que a polícia não atuou corretamente no inquérito e também reforçou suspeita sobre a sobre outros nomes.

-"Só vejo mentira!!! Mentira!!! A postura do Delegado não foi correta, sempre agredindo e tentando intimidar as pessoas próximas do Arquimedes que foram ouvidas. O delegado que apresentou a denúncia coloca informações mentirosas e dados para repórteres que não conhecem a situação política de Paracatu. Os principais suspeitos, Emiliano Botelho, Francisco de Assis e José Carlos Quirino, só foram ouvidos 16 anos depois do crime. É inadmissível que um inquérito tenha uma situação dessa. Eu desafio o delegado a responder algumas perguntas aqui ou em qualquer lugar.” Desafiou o Advogado.

Arquimedes também afirmou que sua história à frente da Coopervap foi marcada por de trabalho, crescimento e sucesso. “-Quem cresceu muito a Cooperativa fui eu que peguei uma Cooperativa pequenininha, acanhada e construi grande parte do que temos hoje aí. A Cooperativa não vendia leite em Brasília e eu comecei a vender entre outras melhorias.” Afirmou o ex-prefeito que também lembrou mais uma vez a sua acusação de perseguição política. “-Se eu não fosse um candidato a Deputado com chances de ser eleito, tão falado e lembrado por muitos, eu não teria sido acusado.” Finalizou.
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