O Vereador Ragos Oliveira (PT), apresentou na última sessão da Câmara de Vereadores, um documento assinado por 5 membros do diretório do PMDB local que pediram o cancelamento da filiação do ex-Prefeito Vasco Praça Filho, único reeleito da história de Paracatu com mais de 90% de aprovação, devido a uma possível “infidelidade partidária”, fato ocorrido nas últimas eleições, o que gerou muita discussão no plenário.
Ragos explicou que estava apenas “dando publicidade ao fato que é de importância para os partidos.” “-O ex Prefeito de Paracatu, Vasco Praça Filho, traiu o PMDB em Paracatu e como toda ação gera uma reação, eu recebi um documento de alguns membros do diretório municipal que pedem o cancelamento da filiação do Sr. Vasco Praça Filho, que apoiou o candidato a Presidente Aécio Néves e outros candidatos que não pertencem aos quadros do PMDB e sua coligação.” Afirmou Oliveira.
O vereador Joãozinho Chapuleta (SD), questionou o “por que” os parlamentares do PMDB não levaram o caso a público o caso. “-A infidelidade partidária não foi só aqui, se isso tiver que ser julgado, muitos outros serão julgados, mas fica a dúvida e é lamentável que os vereadores do PMDB não tiveram a coragem de vir aqui expor esta situação e precisou de um vereador de outro partido tratar de assunto do PMDB.” Questionou.
Após serem provocados, os Vereadores do PMDB se manifestaram. Oswaldinho da Capoeira, defendeu Vasquinho e se justificou. “-Vasquinho não ocupa cargo político e apenas ofereceu o seu apoio como cidadão.” Explicou.
A Vereadora Eloísa Cunha (PMDB), também criticou o ex-prefeito, mas afirmou que o assunto deve ser tratado internamente pelo partido. “-Coragem pra falar e denunciar eu tenho, ao meu entender, o ex-prefeito Vasquinho deveria ter desfiliado sim para fazer campanha contra o partido, mas esse é um assunto que deve ser tratado, dentro do partido.” Afirmou.
O Vereador João Macedo (DEM), do alto das suas quase 2 décadas de vida pública, baixou o tom da discussão e silenciou a Câmara, com uma explicação baseada na resolução 22.610 do TSE, em que o termo infidelidade partidária é usado apenas quando o filiado está exercendo um cargo que pertence de acordo com a lei, ao partido e que não há nenhum impedimento na manifestação.
-"O termo fidelidade partidária, no Direito eleitoral, de acordo com a resolução 22610 do TSE e também o meu entendimento, trata da obrigação de que um político deve ter para com seu partido , tendo por base a tese de que se no Brasil todos os candidatos a cargos eletivos precisam de partidos políticos para se eleger, eles não podem se desvincular do partido para o qual foram eleitos, sob pena de perderem o mandato, mas no caso do ex-prefeito ele não está ocupando cargo público e pode se manifestar como quiser.” Explicou Macêdo.
Bem Vindo Vasquinho
Antes que o assunto esfriasse, vários vereadores presidentes de partidos, se apressaram em convidar o Ex Prefeito Vasquinho para seus quadros, caso seja desfiliado.
José Maria do Paracatuzinho (PSD), “Caso seja desfiliado, quero aqui de público convidar o ex prefeito e dizer que Vasquinho é muito bem vindo ao PSD, o PSD está de portas abertas.”
O Presidente do PHS, também fez questão de elogiar o ex-Prefeito e antecipar o convite.“-Vasquinho é uma das maiores lideranças da região e com certeza seria muito bem vindo ao PHS.” afirmou Juscelino Carteiro (PHS)
O Vereador também comentou Cabo Camilo (PDT) também se manifestou de forma muito direta. “Se ele quiser vir pro PDT é na hora.” Resumiu.
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