Expulsão de Vasquinho: o PMDB numa encruzilhada

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          Conforme era previsível, um grupo de filiados tornou público na Câmara, e submeteu ao Diretório Municipal do PMDB de Paracatu, pedido de apuração e consequente expulsão do ex-prefeito Vasco Praça Filho do partido por infidelidade partidária.   Conforme registrou  este Toco do Pecado, Vasquinho, nas eleições deste ano, deixou de apoiar a candidatura vitoriosa de Fernando Pimentel {PT) ao Governo de Minas, oficialmente apoiada pelo PMDB, que inclusive  indicou o vice Antônio Andrade, para abraçar a derrotada chapa adversária, encabeçada por Pimenta da Veiga, do PSDB.

          Mas a divergência não parou aí. No nível federal, o ex-prefeito, com grande visibilidade, negou apoio à reeleição da presidente Dilma Roussef, do PT, cujo vice era Michel Temmer, do PMDB, para atender aos apelos de Aécio Neves (presidente) e Augusto Anastasia (senador), do PSDB. Mais ainda: o seu candidato a deputado federal foi Marcos Montes, do PSD, enquanto o seu Diretório apoiava o filiado Silas Brasileiro; e o estadual preferido por Vasquinho foi Inácio Franco (PV), apesar de o PMDB ter até candidata local ao cargo, a vereadora Eloísa Cunha.          

          O documento coloca o PMDB velho de guerra num a “sinuca de bico”. O partido não fazia um prefeito local desde 1982, quando venceu o pleito o ex-prefeito Diogo Soares Rodrigues, o Diogão 70. Depois disso e de várias eleições, viu passar pelo Paço Municipal Arquimedes Borges (duas vezes) e Manoel Borges, do PTB, e Almir Paraca, do PT.  Vasquinho surgiu como uma liderança nova, dez anos atrás. Venceu uma eleição, fez um governo consagrador e acabou reeleito. O partido ficou muito mais forte. Graças também à liderança do ex-prefeito, o deputado federal peemedebista Antônio Andrade, hoje vice-governador eleito, triplicou aqui a sua votação e passou a ter em Paracatu a sua principal base eleitoral. E Almir Paraca, do PT, igualmente apoiado, finalmente voltou à Assembleia Legislativa e foi reeleito quatro anos depois.

          Mas, além dessa ligação até mesmo afetiva, existe outro condimento que certamente será avaliado pelos julgadores peemedebistas: conforme vem sendo dito aqui no Toco do Pecado, Vasquinho é uma liderança forte, boa de voto, que saiu da administração pública com ampla aceitação popular, e voltou a demonstrar força ao se eleger presidente da Cooperativa Agropecuária de Paracatu, batendo o esquema do prefeito Olavo Condé e de antigos aliados e desafetos históricos.  Descartará o PMDB, em nome da fidelidade, uma liderança dessa envergadura, capaz de levar a legenda de volta do Paço Municipal? E Vasquinho, terá ele ambiente para permanecer enfrentado internos focos de hostilidade? Resistirá ele aos apelos e juras de amor do PV e outros partidos, como o PSD do vereador José Maria Coimbra, que querem vê-lo em seus quadros?

          Pelo sim pelo não, o PMDB velho de guerra já corteja o médico Humberto Costa Rabelo,  o Dr. Bebeto, segundo candidato a prefeito mais votado nas últimas eleições municipais. O caso, embora ainda não oficializado, está passando da fase de “ficar” para transformar-se em namoro firme. Noivado ou casamento à vista? O futuro dirá. De qualquer forma, fica aqui um registro carregado de simbolismo: durante a recepção ao vice-governador eleito Antônio Andrade, do PMDB – repita-se -, semana passada, compareceram ao aeroporto local dois irmãos do Dr. Bebeto (Roberto e Iran). Foram festivamente anunciados pelo serviço de som da carreata. E receberam tratamento, no mínimo, muito próximo daquele que se dedica aos bons cunhados…

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira 

Leia mais sobre o assunto no canal Notícias: Em Pauta na Câmara: "Quase" todos querem Vasquinho.

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