Política: 2016 já começou – III: Condé já admite disputar a reeleição

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          No começo de sua administração, o prefeito de Paracatu, Olavo Condé, do PSDB, foi pressionado sem tréguas por amigos, companheiros políticos, partidos aliados e vereadores eleitos – todos interessados em cargos e outras benesses no novo governo. Até o então governador de Minas, Augusto Anastasia, por meio do influente secretário Danilo de Castro, postulou (mas não conseguiu!) a direção da Fundação Municipal Casa de Cultura.  A pressão era tamanha que, em mais de uma oportunidade, o novo mandatário, neófito no meio,  ameaçou jogar tudo para cima e abandonar o barco. A roda girou, girou; o prefeito pegou gosto pela coisa pública e pela política; e, agora, já admite disputar a reeleição em 2016.

          Essa possibilidade foi revelada pelo próprio Condé, em entrevista ao Programa Opinião e Debate, da Rádio Juriti de Paracatu, dia 30 passado. Nela, o prefeito falou das turbulências iniciais e do bom momento vivido agora pela administração, com o cumprimento de metas e resgate de compromissos de campanha. Isso prosseguirá no futuro próximo, com a entrega de novas obras e serviços à população, num desempenho positivo crescente.  O povo, segundo ele, tem manifestado a sua satisfação. Se tudo continuar assim, e em sendo essa a vontade da população, dos companheiros e do partido, “no momento certo”, ele aceitará o desafio de disputar a Prefeitura pela segunda vez.

          A disposição de Condé balança a roseira e redesenha a política local. Até então, a ideia que se propalava era a de que ele – um homem bem sucedido e empresário de sucesso, lançado de repente num burburinho onde vicejam picuinhas e incompreensões diversas -, estaria arrependido e não voltaria a embarcar na mesma canoa. Com a sua ausência, em tese, cresciam, estando eles juntos ou separados, as possibilidades do ex-prefeito Vasco Praça Filho, do PMDB, e do médico Humberto Costa Rabelo, o Dr. Bebeto, do PTB, ambos derrotados por Condé (Praça por ter indicado outro candidato e Bebeto por ter disputado) nas últimas eleições municipais. A outra possibilidade seria a da ex-secretária municipal da Fazenda, Vera Lúcia Lemos Campos Botelho, um dos esteios da campanha vitoriosa de 2012. Sem falar, dentre outros nomes, no sempre lembrado ex-prefeito Arquimedes Borges, que, no entanto,  está empenhado mesmo é na sua campanha para deputado federal.

          Se, “no momento certo”, decidir disputar, Condé não poderá contar com alguns trunfos que o ajudaram a vencer sua primeira eleição. É o caso do fator “novidade”, que sempre exerce fascínio sobre o eleitorado de Paracatu. Não poderá, assim, pregar uma “mudança pra valer” como fez em 2012. Em compensação, poderá contar com trunfos que não tinha, eis que estará com a máquina na mão. Por mais que a legislação queira impedir a sua influência, máquina é máquina e rende votos desde que o mundo é mundo. Mas, dependendo do caso,  também tira…     

* Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

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