Ecos da Campanha II – A volta por cima de Lana

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          “Seo” Vicente, meu saudoso pai, costumava dizer que “não existe subida sem descida e nem descida sem subida”. Quando venceu as eleições para prefeito de Paracatu, em 2012, Olavo Condé, do PSDB, então com a bola cheia, recebeu, dentre outros, um inusitado pedido: que mantivesse à frente da Casa de Cultura a professora Lana Lúcia de Melo Franco Santiago. O autor do pedido era nada menos que o então todo poderoso governador de Minas Gerais, Antônio Augusto Anastasia, que se fez representar no ato pelo também todo poderoso e influente secretário de Governo, o ex-deputado Danilo de Castro.

          Dez entre dez prefeitos do interior, que sempre dependem do Governo de Minas, agradeceriam aos céus uma oportunidade dessa natureza – porta escancarada para a cobrança da fatura depois. Mas Condé, ainda com a vitória na cabeça e neófito na política, simplesmente ignorou a solicitação. É que a professora Lana Lúcia fora uma boa presidente, “tirando leite de pedra” para, à falta de recursos orçamentários, executar ações diversas. Tinha ligações familiares com o ex-deputado João Paulo, consistentes contatos em Belo Horizonte e amizade pessoal com o governador, sua família e assessores. Mas, além de ter assessorado o governo municipal anterior, comandado por Vasco Praça Filho, do PMDB, apoiou o seu candidato e adversário de Condé no último pleito. Assim, foi sumariamente descartada.

          Nenhum assessor palaciano ou aliado esconde o que, contudo, ninguém confirma quando os microfones estão ligados. Mas o fato é que houve uma certa má vontade com os preitos de Paracatu junto ao governo estadual, em que pese o seu prefeito ser tucano. Depois, numa espécie de desagravo, o governador concedeu à professora Lana a Medalha da Inconfidência, a mais alta condecoração de Minas Gerais. E, na recente visita a Paracatu do ex-governador Anastasia e de Pimenta da Veiga, respectivamente, candidatos a senador e governador de Minas, Lana Lúcia foi publicamente paparicada o tempo inteiro.

          Diz a sabedoria dos adágios: “Para quem sabe ler, pingo é letra”…

Foto: Arquivo Pessoal da Família

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