Eleições 2.014: discurso histórico em defesa da representação

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           As lideranças políticas, partidos, coligações, marketeiros  e  candidatos  vão  atuar com ênfase junto aos eleitores  para que Paracatu e a região não fiquem sem representação direta na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal a partir do ano que vem. Depois de quase dois séculos de presença direta, isso aconteceu, na seara estadual, em 1.970, quando o saudoso deputado paracatuense Jorge Vargas deixou o Parlamento de Minas e foi ser deputado federal; e em 1.987, quando o mesmo parlamentar deixou a Câmara dos Deputados e foi ser ministro do Tribunal de Contas da União.

          A lacuna estadual só viria ser preenchida vinte e cinco anos depois, com a primeira eleição e posse de Almir Paraca, do PT, como deputado (1.995); e o segundo vácuo, com a ascensão de Antônio Andrade, do PMDB, ao plano federal, em 2.007. Agora, Andrade, que já foi ministro da Agricultura, está fora do páreo proporcional federal para concorrer no majoritário estadual como vice na chapa encabeçada por Fernando Pimentel, do PT, que disputa o Governo de Minas; e o deputado Almir Paraca, por decisão própria, não pleiteará a sua reeleição, conforme antecipou  esta coluna.

          Os dois vácuos são tentadores e relativamente gordos, mas, caso haja grande pulverização de votos, considerando a baixa densidade eleitoral do Noroeste de Minas (cerca de 270 mil eleitores), os defensores dos interesses locais e regionais entendem que  a ameaça é real.   Assim, durante o pleito que está começando, será desencadeada a campanha contra os chamados pára-quedistas, que sempre aparecem em época de eleição, conquistam votos sabe-se lá como, e só retornam quatro anos depois e com o mesmo objetivo.

          A representação que se quer preservar é secular.  O escritor e historiador Oliveira Mello registra que, já na Assembleia Geral do Império, Paracatu foi representada pelos seguintes filhos da terra,  que lá chegaram em diferentes anos: Antônio Paulino Limpo de Abreu (1826), Bernardo Belisário Soares de Sousa (1.830), Antonio da Costa Pinto (1838) – foto, Manuel de Melo Franco (1845), Francisco de Melo Franco (1854), Bernardo de Melo Franco (1867), Joaquim Pedro de Melo (1869) e Virgílio Martins de Melo Franco (1878). E chegaram à Assembleia Provincial de Minas Gerais, também representando Paracatu e a região, Joaquim Pimentel Barbosa (1835), Manuel de Melo Franco (1842), Joaquim Pedro de Melo (1850), Virgílio Martins de Melo Franco (1868), João Emílio de Resende Costa (1870) e Nelson Dario Pimentel Barbosa (1881).

          A partir da proclamação da República, ocuparam assentos na Câmara Federal os seguintes paracatuenses: José Carlos Ferreira Pires (1891), Eduardo Augusto Pimentel Barbosa (1897), José Bernardes de Faria (1903), Afrânio de Melo Franco (1906), Antonio Garcia Adjuto (1909), Emilio Jardim de Rezende (1919), Carlos Álvares de Silva Campos (1947) e Jorge Vargas (1971). Além Virgílio Martins de Melo Franco (senador) e Eduardo Augusto Pimentel Barbosa e Nelson Dario Pimentel Barbosa (deputados), que foram constituintes (1891), Paracatu mandou para a Assembleia Legislativa Mineira, nos anos indicados entre parênteses, os seguintes filhos: José Bernardes de Faria (1902), Afrânio de Melo Franco (1903), Argemiro Rezende Costa (1906), Emílio Jardim de Rezende (1911), Carlos Campos (1930), Cândido Gonçalves de Ulhoa (1946), Quintino Vargas (1946), Jorge Vargas (1963) e Almir Paraca (1995).

          Os defensores da ideia, como se vê, têm bala na agulha e  argumentos históricos e políticos de sobra. Se vão convencer o eleitorado ou não, isso é outra história…

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

Créditos: Antonio da Costa Pinto

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