Não consegui um título para esse sentir.

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Poucas figuras da história contemporânea interferiram tanto no destino da humanidade quanto a que lamentei hoje ao saber da partida.

Freedom… Freedom… 

Durante minha adolescência e juventude ouvia falar de um tal embargo econômico à África do Sul e recorrentemente de uma palavra que mais tarde entendi o que significava: apartheid.

Porém naquela época, vestindo camisetas com a figura de Che Guevara (mesmo sem saber direito quem era), ignorava a importância da voz grave do Cid Moreira no noticiário da noite ao falar do que ocorria no extremo sul do continente negro.

Só vim a perceber o que ocorria numa parte do mundo que só incluí em meu universo quando me interessei por geografia e história, quando comecei a entender porque aquele preso que motivava concertos de rock temáticos – juntando os mais famosos cantores, fora colocado na prisão muito antes do meu nascimento.

E ali permaneceu apartado de seu povo por 27 anos, enquanto um regime intolerante oprimia seres humanos pela cor da pele.

Ainda naquela época ouvi sobre Steve Biko. Outro herói sul africano, menos conhecido é verdade, mas não menos importante.

Ao assistir o filme Um Grito de Liberdade (1987, Richard Attenborough), percebi mesmo que fosse na visão poética de um cineasta, o que acontecia do lado de lá do atlântico. Um único ser assumindo e aceitando carregar a dor de todo um povo, em nome dos que com ele buscavam a liberdade.
Biko me ajudou a entender os porquês de Mandela.

E penso que todos que queiram compreender o que se passou na África do Sul devam conhecer também Steve Biko.

Muita coisa aconteceu desde então. O ícone saiu da prisão, onde não deveria ter ido e se tornou presidente.

Conduziu uma política que não buscou revanchismo e sim conciliação. Implementou as comissões da verdade, garantindo anistia para se conhecer a verdadeira história daquele povo. E apontou um norte sem rancores.

Assim uniu os cidadãos de um país que não eram segmentados por tribos, raça, ou como sul africanos. Uniu seres humanos…

Não há como fazer justiça a história e importância desse grande líder em uma simples crônica, por isso me limito a dizer: Obrigado Nelson Mandela, você ensinou muitos como “serem humanos”, verdadeiramente.

E ao depositarem na mãe terra os restos mortais dele, que a semente de suas idéias e ideais germinem entre todos os povos. 

 
                                                                                        Ed Guimarães

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