Em Deus nos gloriamos o tempo todo,
e louvaremos o teu nome para sempre.
(Sl 44.8)
A ideia de um Deus pessoal e que age na história, parece estranha a muita gente, até porque a nossa tendência é pensar num Deus transcendente, distante do nosso cotidiano, e incapaz de descer da sua glória para imiscuir-se nos problemas humanos. É claro que Deus é transcendente, onisciente, onipresente e tudo o mais que diz a teontologia (estudo do Ser de Deus); e que habita os altos Céus, onde reina em toda a sua glória. No entanto, ele se importa conosco e age pessoalmente na história. E intervém.
Interveio quando livrou o povo hebreu da escravidão no Egito; antes, agiu quando escolheu Abraão para ser pai de uma grande nação, e que seria o seu povo. Tudo isso, para salvar o homem da perdição eterna, para restaurar a amizade perdida depois da Queda de Adão e Eva. Ou seja, ainda que pecadores, Ele olhou para nós com o seu olhar de misericórdia e veio em nosso socorro, nos enviando anjos e profetas. Por fim, enviou o seu próprio filho Jesus Cristo, que morreu para nos salvar.
Quando dizemos que Deus age em favor dos seus, pensamos nisto quase sempre de forma genérica, na humanidade como um todo, de maneira que nos auto-excluímos enquanto pessoa real, concreta, que tem uma história.
No entanto, por mais inacreditável que pareça, Ele cuida de cada um de nós pessoalmente, nos conhece pelo nome e sabe de todos os nossos problemas; vem em nosso socorro e nos carrega no colo quando estamos em aperto. Nós não O vemos, não O percebemos, mas Ele age, e prepara tudo aquilo de que precisamos. Ele nos ama. Ainda que não mereçamos o seu amor, ele nos ama, e nos adotou como filhos.
Por isso, quem tem essa consciência, não pode parar um só minuto de agradecer, de louvar e de dar glória por tudo o que ele faz em nosso favor, embora imerecidamente.
