O fluxo de clientes foi tão alto, que em determinados estabelecimentos a locomoção ficou comprometida. Algumas pessoas até ameaçaram desistir de suas compras, obrigando, indiretamente, as papelarias a estender seu funcionamento por tempo indeterminado.
Essas que não perderam. Apesar de algumas avarias o lucro foi, e está sendo, certo para as empresas do ramo. No entanto, para o bolso do consumidor essa correria pode se converter em alguns prejuízos.
O primeiro a ser observado é o stress proporcionado pelo tumulto e o barulho excessivo provocado por ele. Em segundo lugar encontra-se a pesquisa de preços. Está que também fica comprometida pela correria. Das dez pessoas que foram entrevistadas, nenhuma havia comparado os preços antes de efetuar suas compras sendo que três delas afirmaram terem baseado suas escolhas com base em indicações de amigos. Um meio que não é muito confiável.
A terceira perda que foi observada refere-se a famosa pechincha. Na fila de um caixa com tantas pessoas cansadas e nervosas insistir por um desconto maior é quase impossível. Cizinha, funcionaria e proprietária de Papelaria Escolar, reforça essa idéia ao afirmar que o cliente perde também em atendimento. Divido a quantidade de pessoas nas lojas torna-se impossível atende-los com os devidos cuidados. O diálogo fica assim prejudicado inviabilizando a garantia daquele descontinho que todos tanto apreciam.
Pelo que se observa, a tão comum prática de deixar as coisas para a última hora ainda perdura em nossa cidade. E assim, essas possíveis perdas oriundas dessa prática ainda não são suficientes para mudá-la.
