São muitos os que dizem a meu respeito:
“Deus nunca o salvará!”
(Sl 3.2)
No que depender de nossas vidas, dos atos que praticamos e daquilo que povoa o nosso coração, realmente estamos perdidos para sempre, sem muita perspectiva de melhora. Perdemos, há muito tempo, a bondade natural, de modo que pouco existe de genuinamente bom naquilo que pensamos ou praticamos.
Somos dissimulados, superficiais em nossas relações e, via de regra, mentirosos quando expressamos a nossa opinião, jogando mais para a platleia do que sendo sinceros e verdadeiros. Buscamos agradar a todos, mesmo que, para isso, tenhamos de fingir escondendo os nossos mais profundos sentimentos. Sorrimos para o próximo, quando nossa vontade é muitas vezes esganá-lo; dizemos Sim, quando nossa vontade é falar Não!
Essa é, ainda que a neguemos veementemente, a condição humana, de modo que não somos nada daquilo que aparentamos ser. Uma coisa é o ator que se apresenta às pessoas, dá "bom dia!" com um largo sorriso entre os lábios; outra bem diferente é a pessoa que habita em nosso íntimo, da qual apenas nós mesmos e o Senhor têm pleno conhecimento.
De maneira que não estão de todo equivocados os que dizem de mim: "Deus nunca o salvará!" Porque a considerar aquilo que sou e no que tenho me tornado nesses anos todos de caminhada, não posso esperar outra coisa do Eterno senão a condenação. Não sou um homem bom, nem muito menos santo. Nunca o fui, e o Senhor é minha testemunha de que, ao menos neste ponto, falo a verdade.
No entanto, espero nEle! No entanto, confio sinceramente que o seu sacrifício na cruz pode salvar a mim e a todo aquele que nele acreditar e plenamente confiar. Que sua palavra de salvação é verdadeira e que, ainda sendo eu um notório pecador, o Senhor Jesus pode me libertar da sombra da morte e me conceder o privilégio de habitar em sua morada.
