Novas mulheres no legislativo

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Marli Ribeiro (esq.) e Eloisa Cunha | Fotos: Divulgação 

A tímida representação feminina na Câmara Municipal de Paracatu (MG) é algo que ocorre há várias legislaturas. Em cada eleição a população escolhe em média duas mulheres apenas. No próximo dia 18 a instituição completa 213 anos, durante esse longo período, poucas vereadoras passaram por lá.

A trajetória da casa de leis paracatuense conta com senhoras que fizeram história, a exemplo da primeira presidente mulher, a vereadora Luiza Rocha. Outras representantes do povo que também foram destaques entre os anos 1980 e começo dos anos 2000 são as ex-vereadoras Lila Lee Martha da Silva Neiva, Jane Jordão, Maria Romualda e Gloria Paraca.

Atualmente no palácio da Praça JK, somente uma mulher está no exercício do cargo, a vereadora Graça Jales (PSB), que optou ser candidata a vice-prefeita na eleição deste ano, e com isso não concorreu a reeleição para o legislativo. 

Já no próximo ano, a Câmara recebe duas mulheres, ambas da oposição da coligação do prefeito eleito Olavo Condé (PSDB), sendo a missionária Marli Ribeiro (PTB) e a secretária Eloisa Cunha (PMDB). Das 17 vagas disponíveis, elas conseguiram se eleger para o mandato dos próximos quatro anos (2013/2016).

Marli, eleita com 1.386 votos tem um amplo apoio da população evangélica da cidade. A candidata foi a mulher mais votada na eleição deste ano em Paracatu. Ela é esposa do pastor e ex-vereador Paulo Ribeiro, que integrou gestões anteriores da Câmara. 

Eloisa, que obteve a votação de 1.245, teve uma extensa participação no governo Vasquinho. Ela atuou como secretária de Indústria, Comércio e Turismo, nos dois mandatos do prefeito. Além disso, esteve na coordenação de campanhas de outros candidatos da cidade em eleições anteriores. 

Esse cenário de participação das mulheres na politica do Brasil, houve um crescimento nos últimos anos. Em relação a 2008, foram eleitas 30% a mais de prefeitas, e nas câmaras de vereadores a presença feminina aumentou em 17%. 

Apesar do cargo máximo da República ser ocupado por uma mulher, a participação das brasileiras nas esferas do poder ainda é baixa. Em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu uma reforma na lei, tornando obrigatória 30% a proporção mínima de participação de candidatas, mas os partidos políticos alegam dificuldades em atraí-las para seus quadros. 

Em Paracatu, a representação da bancada feminina na Câmara a partir do próximo ano será de 11,7%, sob o total de vereadores eleitos. Dos 185 concorrentes ao legislativo, 60 eram mulheres, sendo 32,4% do total de candidatos. 

Neste contexto, a passos lentos, a voz feminina vem aos poucos garantindo espaço nos poderes da cidade – seja no judiciário, legislativo e executivo. A entrada de novas integrantes na Câmara pode ser um estímulo e exemplo para que novas mulheres lutem para o desenvolvimento do município. A população carece de representantes que busquem soluções para o combate à violência contra a mulher e ainda de políticas de melhorias na área da saúde. 

(*)Thiago Cruz é jornalista e foi repórter/editor do Paracatu.Net.
Twitter: @thiiagocruz

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