"As palavras amáveis curam e ajudam,
mas as palavras maldosas ferem e destroem".
(Pv 15.4)
É muito difícil controlar a língua, dizer tudo o que se tem pra falar sem, contudo, ser grosseiro ou exagerar no tom ou no uso das palavras. As palavras, todos sabemos, têm força, e são capazes de mudar o mundo, transformar a nossa vida, nos entristecer ou nos alegrar. Podem, também, elevar a nossa alma ou nos jogar no fundo do poço.
Os gregos tinham consciência disso. Quando estudamos o Logos (palavra, verbo) na Filosofia Pré-socrática, percebemos quanto valor aqueles primeiros filósofos davam à palavra. Aliás, em tempos não muito remotos, dar a palavra valia muito mais do que assinar uma resma de papel, e com firma reconhecida.
Nos evangelhos, é o apóstolo João (Jo 1.1) quem percebe essa força desde a criação do mundo, ao dizer que "no princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus", relacionando o próprio Cristo à palavra. Ou seja, Jesus Cristo é a Palavra de Deus feito homem. Todos os milagres de Jesus foram feitos a partir de uma ordem, de modo que bastava ele pronunciar "faça-se", e tudo acontecia.
Quantas vezes, movidos de ira, dizemos os piores impropérios contras as pessoas que mais amamos: pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, marido, mulher, colegas de trabalho, amigos. Nem sempre medimos exatamente aquilo que vamos falar e, quando percebemos, a palavra já saiu da nossa boca, o estrago foi feito e, palavra dita, não se volta atrás. Às vezes nem mesmo pedir desculpas adianta. É quando o caldo entorna, ferimos a pessoa querida, jogando-a no fundo do poço.
Quantas vezes você já falou que ama alguém? Quantas vezes você disse uma palavra de incentivo para seu namorado, para a sua namorada, marido, mulher, filhos? Já fez isso hoje? Ainda não? Então faça. Não tenha vergonha de ser piegas, de parecer sentimental. Uma palavra de amor sempre faz muito bem ao coração.
