Mais “um pouco do que vi e vivi no Projeto Rondon”

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Ao observar tudo que mencionei na primeira parte desse artigo e mais um pouco percebi que a minha vida é muito melhor do que eu imaginava, me senti útil, pude contribuir com meus conhecimentos, dando palestras de motivação, meio ambiente, educação, associativismo, mercado de trabalho, oficinas com crianças, que são o futuro de amanhã. Fizemos a horta comunitária e deixamos de presente pra comunidade. Plantamos uma semente que sinceramente espero que nasça e se transforme em uma enorme árvore frondosa, que traga muitos frutos e muita sombra para aquele povo.


Entretanto quero testemunhar e concordar com as palavras do Major Vial em uma conversa informal comigo no quintal da creche enquanto almoçávamos: “ O Rondon na maioria da vezes é muito mais para os rondonistas, do que paa a própria cidade que os recebem, o que mais vi foi o Rondon mudar a vida desses pessoas!” Permanecemos quinze dias convivendo com pessoas totalmente diferentes de nós, com suas histórias, costumes, valores, manias, dormindo apertado, sete pessoas para quatro colchões, comendo junto, rindo junto, chorando junto…

Com certeza a maior mudança é em nós. O Rondon nos faz repensar a vida como um todo e não tem como sair de lá com nossas bases não “mexidas”, com nossas estruturas não “abaladas” no bom sentido da expressão. A vida fica mais bonita e também mais reflexiva, porque presenciamos a dureza da vida dos ribeirinhos, as casas de pau-a-pique, as redes de pesca, os mangues… Vi colegas que nem mesmo fizeram as suas malas pra viagem, porque foi a mamãe que fez, lavarem banheiros, roupas, vasilhas, pessoas que nunca saíram da “barra da saia” da mãe, tendo que se “virarem”, essas lições não teem preço.

Por mais que eu tente não consigo traduzir aqui nessas poucas palavras, tudo que vivi nesses quinze dias, a emoção e as lágrimas falam por mim.

Vale mencionar que quebramos uma velha “via de regra” proferida pelo Major Vial da Marinha do Brasil: “Nos três primeiros dias de convivência tudo é lindo, mas lá pelo quarto ou quinto dia a casa cai.” Mas Finom (Paracatu-MG) e a Unicruz (Cruz Alta-RS) foi o contrário, conseguimos ficar confinados em uma creche vinte e uma pessoas, por quinze dias, convivendo sem nenhum atrito, terminamos como irmãos, nos batizamos como a Equipe UAI-TCHÊ. Na cerimônia de encerramento foi aquela “choradeira”, camisetas autografadas, mesa posta unificada, todo mundo se reunindo no mesmo quarto pra passar mais tempo juntos, troca de telefones, emails, faces…

AMIGOS PARA SEMPRE, IRMÃOS DE ALMA, é isso que somos, mineiros e gaúchos e magalhães baratenses. SAUDADES ETERNAS, mas a gente se vê, o mundo dá muitas e nessas voltas a gente se encontra.

Preciso registrar que a presença de Deus foi muito grande e intensa em nosso meio, embora o Rondon não se trate de uma missão religiosa, mas se trata de missão de humanidade, em prol do povo. Todos somos missionários de alguma forma e onde há doação em prol do outro Deus com certeza se faz presença.

Bom, quero encerrar com uma expressão que acompanha o Rondon desde 1979.

“Não basta olhar o mapa do Brasil aberto sobre a mesa de trabalho ou pregado à parede de nossa casa. É necessário andar sobre ele para sentir de perto as angústias do povo, suas esperanças, seus dramas, ou suas tragédias; sua história, e sua fé no destino da nacionalidade.” Equipe projeto da USP, 1979.

Pra selar ouso mencionar que: “Deus tem caminhos onde o mundo não tem estradas!”
Aquele abraço mineiro galera, de coração!!!
Com carinho, admiração, amor e muita saudade!!!

FORÇA, UNIÃO E DEVER!

ESSE É NOSSO LEMA UAI-TCHÊ!!!

PROJETO RONDON – JULHO/2012

Lição de vida e cidadania – O conhecimento pode mudar sua vida

OPERAÇÃO AÇAÍ – MAGALHÃES BARATA – PARÁ – BELÉM


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