O presidente da CAMPO, Emiliano Pereira Botelho participou de um painel promovido pelo governo japonês na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, quando se discutia o grande desafio que o mundo enfrentará doravante que é o da produção de alimentos. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. A Conferência teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Tema
Sobre o tema “A economia verde e a erradicação da pobreza” discorreu Emiliano mostrando os resultados do Prodecer e o que pode ser feito principalmente em países africanos, onde a Campo está chegando agora. O grande desafio da humanidade é a produção de alimentos capaz de saciar a fome do mundo, com aplicação de novas tecnologias de aumento de produtividade e com ações de sustentabilidade, disse Emiliano. Os dados sobre a escassez de alimentos são impressionantes, ao vislumbrar o crescimento da população mundial. Senão, vejamos o que diz o relatório do MAPA sobre o tema:
1. A população mundial atingiu 7 bilhões de habitantes em 2011, e as projeções apontam que a humanidade atingirá 9 bilhões de pessoas em 2050 (dados das Nações Unidas).
2. Para atender à população do planeta em 2050, a produção de alimentos no mundo terá que sair dos atuais 2,1 bilhões para 3 bilhões de toneladas de cereais, e avançar dos atuais pouco mais de 200 milhões para 470 milhões de toneladas de carne (dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO – 2010).
3. Segundo a ONU, 925 milhões de pessoas passam fome hoje e necessitam, não somente ter acesso a alimentos, mas a uma alimentação nutritiva, dentro dos padrões mínimos recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
4. O grande desafio o do setor agrícola e pecuário mundial é alimentar essa crescente população considerando, ao mesmo tempo, a sustentabilidade ambiental, social e econômica bem como a recuperação da degradação ambiental.
O desenvolvimento da nossa agricultura
Até a década de 1970, o Brasil ainda dependia da importação de alguns alimentos básicos. Nos anos seguintes, os investimentos na formação e capacitação humana em vários campos do conhecimento, principalmente em pesquisa e inovação tecnológica, fizeram o país autossuficiente, nada obstante o crescimento forte da população.
De 1970 para 2011, a produtividade média das lavouras de grãos passou de 783 kg para 3.173kg/hectare, um salto de 774%.
A produção de alimentos quase triplicou nos últimos 20 anos, atingindo 162,9 milhões de toneladas na safra 2010/2011, o que situa o Brasil entre os principais produtores e exportadores agrícolas mundiais.
Dos cerca de 8 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, 10% são áreas urbanas, cerca de 60% são florestas e menos de 30% são áreas de produção rural. A agropecuária do Brasil contribui direta e indiretamente para a formação de 26% do Produto Interno Bruto – PIB, e é responsável por 36% das exportações e por cerca de 40 milhões de empregos.
Sem dúvida, a CAMPO teve papel importantíssimo nesse desenvolvimento através do Prodecer, programa responsável pelo desbravamento dos cerrados brasileiros onde hoje residem os maiores centros produtivos de grãos do Brasil.
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