No primeiro dia do mês de outubro, em todas as partes de Paracatu, cidadãos puderam ouvir um sonoro estrondo vindo do céu: não eram trovões precedendo a chuva, mas sim o rugido dos motores dos ases da Força Aérea Brasileira – a esquadrilha da fumaça anunciava sua chegada.
Perplexos, moradores de todos os bairros do município saíram às portas de suas casas para contemplar o que estava por vir. Os aviadores executavam rasantes convidativos e manobras de saltar os olhos – foi o que bastou para reunir a população em massa no aeroporto da cidade.
Através da narração do Coronel Moura, Comandante da Esquadrilha, os entusiastas no aeroporto puderam entender as arriscadas piruetas executadas pelos pilotos. Os suspiros apreensivos das pessoas eram quase sincronizados com o grau de perigo das manobras, como quando dois aviadores executaram o v0, manobra em que a aeronave perdia totalmente a potência e velocidade para começar a cair pelo céu. O silêncio apreensivo dos expectadores foi quebrado por uma estrondosa chuva de palmas quando os pilotos conseguiram recuperar a velocidade e terminar a manobra com sucesso.
Em um dos momentos de auge da apresentação, os aviadores executaram o vôo em ala invertido – manobra que só é realizada pela esquadrilha brasileira. Consiste em voar em ala (formação) com os aviões de ponta-cabeça, a manobra exige muito do preparo físico e psicológico dos pilotos.
Para finalizar, os militares fizeram uma homenagem à população de Paracatu: Desenharam no céu um coração, que segundo o comandante, representa os sentimentos pela cidade e seus 212 anos de história.
