O problema é de ordem social. Não é necessário caminhar muito, principalmente no centro da cidade, para que se possa identificar o aumento considerável no número de moradores de rua que fazem alojamento nas calçadas e nos jardins públicos.
Há algum tempo atrás, a incidência de mendigos que rodeavam as ruas de Paracatu tinha sido reduzida, resumindo-se a alguns poucos, que faziam morada no jardim do Hospital Municipal. Porém, nos últimos dias, é fácil perceber que estas pessoas, muitas de outras cidade, andarilhos, resolveram instalar-se nas ruas e calçadas de Paracatu.
Como exemplo, a rua Padre Manoel, na esquina com a Olegário Maciel, tem sido bastante frequentada por esses andarilhos, principalmente a noite. Muitos trazem famílias e dormem no local, deitados na calçada, comendo e inclusive fazendo necessidades fisiológicas no local. Durante o dia, eles deslocam-se para o outro lado da rua, no jardim do Hospital Municipal, onde já existem outros. É possível encontrá-los também ao longo da Olegário Maciel, dormindo embaixo dos abrigos das casas comerciais, na Joaquim Murtinho , imediações da rodoviária, e às margens da BR 040.
É verdade que muitos deles estão apenas de passagem pela cidade, e ao amanhecer, vão embora, mas é preciso entender que trata-se de pessoas que continuam à mercê de quaisquer perigos, além de condições higiênicas precárias, prejudicando principalmente a eles mesmos, sem sequer reconhecerem que estão sendo privados de uma prerrogativa constitucional, que é o direito à moradia.