Vitor Soares fala sobre suas realizações e sobre a leishmaniose

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Nosso entrevistado de hoje se chama Vítor Soares da Silva de 25 anos, ele que é professor de geografia, atualmente cursando pedagogia na Unimontes.

Paracatu.net: Vitor, como foi o inicio de sua vida, você já interessou-se pelo jornalismo desde cedo?

A vida é construída com a realização dos nossos sonhos. Quando criança eu tinha dois grandes sonhos, um era trabalhar em uma rádio como locutor, e o outro era ser professor.

Ainda estudando no ensino médio, fiz um teste com meu irmão para trabalharmos numa rádio comunitária da cidade. Fomos aprovados, começamos a trabalhar juntos na área musical. Na época, um colega de trabalho, Alécio Bueno, sugeriu-me que eu experimentasse o jornalismo, pois, o jornalismo estava abandonado na emissora.

No jornalismo comunitário trabalhei por cerca de cinco anos apresentando o Vitória Noticias, foi uma experiência muito produtiva que levarei para o resto da vida. A rádio me deixava à vontade para fazer um jornalismo baseado na liberdade de expressão, imparcial, a serviço da comunidade paracatuense. A formação do cidadão crítico Vítor Soares começou aí.

Cursar Geografia nesta época foi muito importante e me ajudou muito. Antes de terminar minha graduação de Geografia, prestei concurso para lecionar na Prefeitura Municipal de Paracatu e fui aprovado.

Em 2008 comecei a trabalhar na Escola Municipal José Palma, na região de Santa Bárbara, apaixonei-me pela escola, pelos alunos, pelos colegas de trabalho. Hoje me sinto realizado ao exercer a minha profissão, sei que a profissão professor é muito desvalorizada no nosso país, e não diferentemente em nossa cidade, mas quando as dificuldades aparecem há uma força maior que levanta aqueles que amam o que fazem, e aí penso que muitas vezes erramos ao tirar dos nossos bolsos, materiais para trabalhar, porém, se ficarmos esperando, o tempo vai passar e o nosso trabalho será interrompido, acredito que temos que mudar essa cultura e mostrar aos governantes que a educação tem que ser uma prioridade.

Paracatu.net: Como iniciou o seu interesse pelo SINDSPAR?

Ao entrar na prefeitura contratado, fiz questão de filiar-me ao Sindspar para ajudar a diretoria a lutar pelos direitos dos Servidores Públicos Municipais de Paracatu.

Orgulho-me de ter participado de todas as manifestações do sindicato, principalmente da luta pela isonomia salarial dos professores, infelizmente, alguns professores ainda continuam sendo discriminados, tentamos de todas as formas resolver esse impasse no diálogo com o prefeito, mas não obtivemos êxito, sendo assim não perderemos mais tempo, acionaremos a justiça.

Os professores conquistaram a isonomia nas ruas de Paracatu, recuperaram cerca de 80% do salário base que haviam perdido quando os vereadores da legislatura passada aprovaram o Plano de Cargos e salários do jeito que o prefeito queria Em 2011 fui convidado para integrar uma chapa na eleição do Sindspar, aceitei o desafio com alegria, vencemos a eleição e estamos trabalhando para mais de 2.200 servidores.

Paracatu.net: Qual a prioridade do SINDSPAR hoje?

Nossa prioridade atual é conseguir a revisão do Plano de Cargos e Salários de todos os servidores, temos conhecimento da aprovação de um projeto na câmara que beneficia apenas uma categoria, como o sindicato não representa apenas uma categoria, estamos lutando para que o Plano possa beneficiar todos sem discriminação, aguardamos que a Administração Municipal reconheça a importância de todos os servidores vetando este projeto.

Paracatu.net: Infelizmente como na vida nem tudo são flores alguns fatos vem para nos fortificar mais. Como exemplo da leishmaniose que recentemente você foi diagnosticado. Nos fale desta fase em sua vida.

Em outubro deste ano comecei a sentir uma febre intermitente com semanas de duração, fraqueza e perda de apetite. Procurei atendimento médico e em três consultas em um mês ouvi o mesmo diagnóstico: virose.

Eu não acreditava que era virose, tinha até combinado com uma amiga de procurar atendimento médico em Unaí, mas passei mal antes e tive que consultar de novo, ainda bem que quem estava no hospital era o médico José Rodrigues, os sintomas estavam aumentando, além dos outros citados anteriormente eu estava emagrecendo, anêmico, pálido, com o baço e o fígado aumentados.

Dr. José me examinou e pediu uma bateria de exames. Só que eu estava cada vez pior, enfraquecendo bastante. Suspeitando de Leishmaniose Visceral ele me encaminhou para Patos de Minas, chegando lá à médica chamou imediatamente o infectologista, ainda esperando chegar o exame de Leishmaniose Visceral, ele mandou começar o tratamento urgente com Anfotericina B.

Os meus primeiros 15 dias foram complicados, passei por momentos difíceis onde até mesmo pensei que fosse morrer, teve um dia em que pensei em desistir do tratamento e voltar para Paracatu para despedir da minha família e dos meus amigos, passei por momentos que prefiro esquecer para não emocionar-me. Mas uma força sobrenatural brotou de preces, rezas e orações de amigos e familiares.

Paracatu.net: O fator religião lhe proporcionou mais acalento para passar por esta fase difícil. Como Deus lhe ajudou a passar por este empecilho?

A fé me ajudou muito. Eu percebi que não estava sozinho, que a todo momento Deus estava comigo e graças a ele a minha recuperação veio após esses dias de dor e sofrimento. Hoje estou bem, terminei de tomar a última dose do remédio e estou muito feliz por estar em casa. Fiquei internado 40 dias, mas sempre muito bem tratado pelos profissionais da saúde.

Paracatu.net: Fica agora o espaço para você fazer as suas considerações finais…

2012 vem aí e o que eu peço para que nunca falte a todos é saúde, sem ela não somos nada. Muito obrigado por tudo Deus, que 2012 seja um ano de muita saúde para todos nós! Feliz ano novo para todos! Um forte abraço!

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