Apesar dos mais dos mais de vinte e três anos de carreira, e da projeção internacional, os 4 rapazes da Banda Rosa de Saron conservam o mesmo carisma de 10 anos atrás quando os conhecemos em uma das Edições do Hallel em Paracatu. Nesta entrevista tivemos a oportunidade de saber um pouco mais da história da Banda que foi escolhida pela CNBB para tocar na Jornada Mundial da Juventude com o Papa em Madri.
Paracatu.Net: Vamos começar pela pergunta que vocês devem ouvir com mais freqüência. Quanto ao nome da Banda, por que Rosa de Saron?
Rogério – Rosa de Saron : Rosa de Saron é uma belíssima figura de linguagem. O termo é tirado do livro de Cântico dos Cânticos, do Antigo Testamento. Saron é uma região desértica da Palestina, logo uma flor que nasce no deserto simboliza a vida que vence a morte, a esperança e a força que superam as adversidades. Escolhemos esse nome porque essa sempre foi exatamente a proposta da banda: ser sinal de vida e esperança em situações onde elas se perderam.
Paracatu.Net:Vamos falar um pouco da da trajetória de vocês até aqui. A banda sofreu mudanças na formação?
Rosa de Saron : A banda começou em 1988, dentro do movimento de Renovação Carismática da Igreja Católica. Nos juntamos para tocar nos encontros, retiros e eventos da Igreja. Em pouco tempo começamos a fazer nossas próprias músicas e inscrevê-las em festivais. Sempre pegávamos as primeiras colocações, isso foi nos motivando a investir mais seriamente no trabalho autoral e também a divulgar mais a banda. Complementando, a banda sofreu poucas alterações nesse tempo todo, a mais séria foi a troca de vocalista em 2001, quando o Guilherme passou a ser nosso Vocalista.
Paracatu.Net: Nesse tempo nunca houve a vontade de sair do segmento religioso e tentar o mercado pop?
Rosa de Saron : Nunca pensamos em parar de falar sobre Deus em nossas músicas. Aliás, nunca deixaremos de falar de Deus porque Ele é a coisa mais importante nas nossas vidas. É algo do qual jamais abriremos mão e acho que nem se quiséssemos conseguiríamos, afinal a arte é sempre reflexo do artista, um retrato do que ele pensa e sente, não tem como expressar nossas opiniões, nossa visão sem que Deus apareça ali. Está na nossa história. Mas se for falar de segmento do ponto de vista mercadológico aí é complicado, porque nosso trabalho entra muito forte no mercado não religioso também.
Paracatu.Net: Vocês estão preparados para lidar com a máquina do show business, e também com as críticas que virão junto com a maior exposição da banda na mídia?
Rosa de Saron : Ninguém nasce pronto, preparado, é algo que vamos ter que aprender a lidar, como tudo na vida. É preciso humildade diante da situação nova. Eu ainda não tenho filhos e sempre me pergunto: "será que vou saber educar?"
O Grevão, por exemplo, nosso baterista, que é pai de duas lindas meninas comenta que é um desafio diário, não tem receita, você encara e vai aprendendo conforme surgem as dificuldades. Por outro lado, não se sentir totalmente preparado é uma grande oportunidade que a vida nos dá de colocar a confiança em Deus, de dividir com Ele, de entregar nas mãos dEle. Podemos até nos sentir despreparados, entende? Mas nunca desamparados.
Paracatu.Net : Os arranjos do DVD deixaram as canções mais ou menos homogêneas. Mas nesses 20 anos vocês já devem ter passado por muitas fases. Quais foram e quais são as maiores influências da banda no pop e rock tradicional?
Rosa de Saron : Nunca negamos que temos influências de música secular, principalmente de bandas gringas, mas citar nomes fica impossível por vários motivos: primeiro porque em 20 anos dá tempo de você gostar de muita coisa diferente, dá pra curtir de Turma do Balão Mágico até Victor e Léo (risos). Além disso, somos quatro pessoas diferentes e cada um agrega com suas próprias influências. O que dá para dizer é que a gente curte do POP ao Metal, somos ecléticos pra caramba… dentro do rock (risos)
Paracatu.Net: E como é tocar pela 8ª vez e Paracatu, pela 5ª Vez no Hallel?
Rosa de Saron : A gente sempre lembra, comenta e afirma que Paracatu é nossa segunda casa, a gente fica muito a vontade com a galera daqui. Grandes momentos que tivemos na carreira nós sentimos aqui em Paracatu, sem falar que nós temos muito laços aqui, somos muito bem recebidos e acolhidos. A gente comentava a pouco com o Glauber que tocar aqui é sempre uma emoção e ao mesmo tempo um momento de muita tranqüilidade, uma rara calma. Se a gente pudesse, faríamos shows aqui todos os meses, porque aqui re-encontramos amigos.
Paracatu.Net : Nos shows nota-se que a platéia curte não só a música mas principalmente as mensagens das letras, e outro fato interessante é a quantidade de pessoas de outras religiões presentes no Hallel na hora do Show de vocês. Como é viver essa evangelização e passar a mensagem de forma tão ampla?
Rosa de Saron: Independente se a pessoa tem religião ou não, de que religião ela pertença, ela não se sente um peixe fora d'agua no show porque nós não falamos de religião ali, nós falamos de Deus. Deus é uma força da qual todo ser humano sente necessidade de se aproximar, mesmo que não reconheça isso. Essa sede é comum a todo ser humano, independente do nome que a pessoa dá a esse vazio. Tem pessoas que vão pela mensagem, que querem ouvir algo que traga conforto para suas vidas, outras vão só por causa do som, pra ouvir música ou se divertir, mas mesmo essas não se sentem em outro planeta no show do Rosa de Saron, muito pelo contrário! As pessoas se sentem bem por poder estar ali, ouvindo musica bacana recheada de mensagens de fé, amor e esperança. Ouvem sobre Deus sem se sentirem coagidas, desconfortáveis. É muito legal!
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Rosa de Saron : Sem palavras para agradecer o carinho que recebemos aqui em Paracatu, apenas desejo que Deus abençoe a vida, a casa e a família de todos por todo apoio ao Rosa!
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