Confira nesta entrevista um pouco desta grande figura contado por ele mesmo.
Paracatu.Net- Um pouco da trajetória profissional de Élio Peres:
Élio – Nasci na fazenda Aldeia de Cima, onde vivi até os meus 11 anos de idade, morei em Unai por dois anos e em 1981 com apenas 15 anos e muitos sonhos na bagagem mudei para Paracatu. Sou oriundo de uma família muito humilde e tive que fazer de tudo para sobreviver. Fui sapateiro, garimpeiro, servente de pedreiro, pedreiro, até chegar ao rádio. Naquela época, em 86, eu estava apenas em busca de um emprego melhor, confesso que no inicio jamais pensava em ser locutor. Não porque não achava legal e sim porque achava extremamente impossível um “menino” que cresceu na fazenda ouvindo “a radia”, que na época acreditava ter uma pessoa ali dentro (risos), um dia pudesse ser um deles, mas o nosso destino está traçado e isso aconteceu. Tudo começou na Radio Boa Vista de Paracatu, Passei pela Tropical FM de João Pinheiro, Radio comunitária Liberdade FM e Juriti AM de Paracatu e novamente Boa Vista FM. Atualmente estou no ar de segunda a sexta na Juriti AM, de 16:30 as 19:00h e na Boa Vista FM de 20:00 as 21:00h. Meu primeiro cargo na rádio foi de Casseteiro (risos), isso mesmo gravador de fitas cassetes, depois sonoplasta e quando me vi, dois anos depois já era um locutor. Como sou muito inquieto e adoro desafios, logo que comecei a trabalhar como locutor, passei também a promover eventos, produzir e compor para artistas da nossa região.
Paracatu.NetO mundo sertanejo sempre esteve no centro da sua vida. Nunca pensou em trabalhar com outro segmento?
Élio – Engraçado, quando comecei no rádio, eu fazia um programa variado, que tocava de tudo, menos sertanejo. No início da minha carreira não pensava em me dedicar a um determinado segmento musical, na época ser locutor já era o bastante, aliás, já era demais para minha cabeça (Risos). Passei a fazer programa sertanejo por um acaso. A rádio entrava no ar a 5 da manhã e eu era o segundo locutor, começava as 9:00 hs. Acontece que o primeiro locutor não estava conseguindo fazer aquele horário, por ser muito cedo. Como provavelmente ele iria ser demitido, me propus a trocar de horário com ele, a empresa aceitou e de manhã o programa era e é sertanejo, deu no que deu. Devido a tudo isso, prefiro trabalhar com esse seguimento musical, fiz pouca coisa fora desse segmento. Mas quando se trata de gosto musical além de sertanejo, pode parecer estranho mas gosto muito de Heavy Metal, Pop Rock, Samba e MPB.
Paracatu.Net- O que você considera o elemento mais gratificante na carreira pessoal de radialista e promoter?
Élio – O reconhecimento das pessoas.
Apesar de serem duas profissões, de um certo modo ligadas uma a outra e de muitos radialistas passarem a ser promoters pela proximidade de ambas, não significa que um bom Radialista terá o mesmo êxito como promoter e vice-versa.
Paracatu.Net- Você acredita que a sua “teimosia“ é o seu grande trunfo quando a conversa é promover novos talentos?
Élio – Não tenho duvida disso. Sou muito teimoso e se acredito em algo, “meio mundo” não consegue mudar minhas idéias. O que já ouvi de amigos, família, sobre a minha teimosia em promover eventos e novos talentos não está escrito e graças a Deus nem gravado (Risos). Hoje como estou bem mais maduro no ramo, sei que fazer um artista acontecer é algo muito difícil. Mas como é “apenas” muito difícil, significa que não é impossível, por isso acredito sempre. E agora vejo que não estava errado, minha teimosia tinha uma razão. Neste momento ver um artista de Paracatu, o Julio Cesar, na final de um concurso, que começou com mais de 4.000 concorrentes de todo Brasil, parece um sonho, estou muito feliz. São acontecimentos como este, que nos dão combustível para seguirmos em frente. Quero aproveitar e pedir o apoio de todos, vamos eleger o Julio Cesar O Novo Talento Sertanejo da Bavária, Entre bavaria.com.br, participe, vote.
Paracatu.Net- Grandes talentos, como Julio Cesar, em geral estão sempre precisando de um “empurrãozinho”, quem mostre o caminho e tome conta do que não é o trabalho do artista, isto representa quanto do seu trabalho?
Élio – Por trás de um grande artista, sempre tem que haver uma grande equipe. Para que as coisas funcionem sem “furos”, Tem que ter alguém para direcionar as coisas. Com a carreira decolando, os compromissos aumentando o artista que no início fazia tudo, passa a se preocupar basicamente com o lado musical, isso acontece naturalmente. Tem que haver um sincronismo muito grande entre o artista, produtores e toda a equipe e quando você trabalha com alguém que acima de tudo é um grande amigo, as coisas facilitam muito e este é o nosso caso, somos parceiros, grandes amigos.
Paracatu.Net- Além de acompanhar o Júlio Cesar, você já tem agenda de shows em vista para Paracatu? Quem devemos esperar que cante para a cidade?
Élio – Neste momento a minha prioridade é a carreira do Julio Cesar. Estamos trabalhando intensamente para aproveitar o grande momento que o cantor atravessa, admiro demais esse cara, tanto como artista, como pessoa. Alem do Julio, é do conhecimento de muitos do trabalho que faço com Nilson Freire, temos uma parceria a mais de 10 anos, um grande parceiro. Ainda represento o Maranhense Tom Cleber em Minas e também tenho dado uma força para a dupla Paracatuense Mano e Ray. Apesar de todos esses compromissos irei fazer alguns eventos em Paracatu, a exemplo de Leo Magalhães que estará se apresentando em nossa cidade, dia 23 de abril (Sábado de aleluia) no parque de exposições.
Paracatu.Net- Ser promoter é um negócio de riscos?
Élio – Nossa e como é! Promover eventos é uma “faca de dois gumes”, você pode se dar bem, mas também pode se dar muito mal, perder muito dinheiro. Nos últimos cinco anos, tenho feito excelentes parcerias em Paracatu e outras cidades, não posso reclamar, o saldo é positivo, mas confesso que já perdi muito dinheiro em eventos, no passado confiei alguns “picaretas” e cheguei ao fundo do poço, mas graças a Deus dei a volta por cima. Conheça mais do meu trabalho e dos nossos artistas acessando elioperes.com.br
