Metodologicamente aos Educadores de Plantão

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Nos tempos atuais, em que a informação circula quase que simultaneamente ao desenrolar dos fatos, o conceito de aprendizagem já muito se distancia da idéia de que aprender é receber e reter conhecimento. Para inicio de conversa é preciso refletir sobre o termo conhecimento. A informação antecede o conhecimento. Não posso falar que em um primeiro momento possuo o conhecimento, ou seja, quando leio um livro simplesmente penso com a cabeça de quem o escreveu, adquiri as informações e posteriormente as materializo em conhecimento. Isto é parte do aprendizado, por isso ele é dinâmico e continuo.
Paulo Freire, um dos grandes nomes da História da Educação Brasileira, nos fala sobre a necessidade de sonhar, uma maneira constante de refletir sobre o verdadeiro papel de educar e aprender. Ensinar é mobilizar o desejo de aprender. Mais importante do que saber é nunca perder a capacidade de aprender. “Saber é saborear”, diz Rubem Alves. Muito mais do que isso, sabe-se que o ato de aprender pressupõe e desenvolve as habilidades de analisar, interpretar e relacionar as informações recebidas que o mundo contemporâneo oferece, levando o educando a opinar sobre fatos e idéias e a assumir posições críticas.
É nesta perspectiva que a educação, hoje, tem por objetivo central a formação do cidadão consciente, agente e responsável. Assim sendo, cabe ao professor, através de sua intervenção pedagógica, propiciar situações significativas de aprendizagem em que o saber previamente construído pelo aluno na escola ou no seu cotidiano familiar e social seja resgatado e reelaborado contextualizando-se o conhecimento formal.
Num contexto mais interpretativo educacional as diversas possibilidades de aprender é puramente uma questão que, neste caso irei recorrer à metodologia de ensino como um caminho para uma possível compreensão do que venha ser de fato educar. Em poucas palavras educar é preparar o homem para vida, é torná-lo um cidadão crítico, criativo e participativo na sociedade onde está inserido. É preciso, pois que a escola contemporânea sai da mesmice com que tem conduzido seus trabalhos. Os pedagojentos ainda não entenderam que este é o século das informações, é o século das novidades, das descobertas e não o século das fórmulas, das regras gramáticas e dos longos questionários. É preciso mais, é preciso entender que somos contemporâneos de nós mesmos.
Uma ação pedagógica eficiente é muito mais desafiadora – que uma pedagogia bancária, pois ela se questiona o tempo todo a essência da própria ação de ensinar para aprender. O caminho a ser trilhado deve ter como foco a pergunta e não a resposta como nos alerta Ivanir Fazenda. Ensinar não é dar as fórmulas mas questioná-las, dar-lhes sentido e valor. Dar sentido e valor aos conteúdos da sala de aula é uma questão que dever ser contextualizada, no afirma Gadotti. Eu, minha filha, minha esposa, meus alunos, amigos enfim não estamos prontos – estamos ainda em processo de formação. Se a escola tiver como foco a preparação para vida é preciso que ela repense seu papel educativo.
Senhores pedagojentos, se educa na rua, debaixo de uma mangueira, no pátio e também dentro de quatro paredes mão isso não significa que a sala de aula é somente o local de ensino, lá pode ser o local de partida para o processo ensino – aprendizado. As redes sociais têm possibilitado ao acesso às mais diversas forma de interação com o conhecimento. É preciso que nós educadores saiamos da caverna, caverna da cegueira, da intolerância e da pequenez. A ação pedagógica não deve ser fragmentada, deve ser compartilhado e alem disso – ela deve ser questionada. Isso é alimentar o processo pela busca para a formação integral do aluno. Entretanto, a pedagogia moderna, precisa sair do anonimato e adentrar ao mundo contemporâneo globalizado. Nossos clientes querem mais, são alunos exigentes, querem o conhecimento, a informática, mas também quem viver e viver é não ter a vergonha de ser feliz. As relações com o ato de aprender é muito mais complexo que se possa pensar, se correlacionar o mundo interno com o mundo externo é a forma mais intensa de sua identidade.
Devemos considerar os questionamentos e contribuição das outras ciências, mas nunca podemos permitir que ela fala por nós educadores, não posso permitir que um médico, advogado, arquiteto ou outra área qualquer faça bico e tenha um dinheirinho extra na Educação.
É preciso navegar nas entrelinhas da ação pedagógica, no planejamento, no conteúdo, na bagagem do aluno é literalmente degustar o ato de ensinar. Por isso, ensinar é entrar na alma do aluno, é se relacionar, é ter um namoro é partilhar do saber para saber. Ser gente é mais que uma questão biológica mas é uma questão interior, uma questão que em princípio não é vista aos olhos humanos e para que isto aconteça é preciso que cada setor desde a igreja até a escola assuma suas funções no papel da formação integral do homem.
Referências Bibliográficas

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. Existe versão digital.
ASSMANN. Hugo. Curiosidade e prazer de aprender: o papel da curiosidade na aprendizagem significativa. Petrópolis: Vozes, 2004. pag.186-226, EC 30-3/69
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 65-67.
ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente.
5. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 17-34.
http://www.ceab.pro.br/blog/padrao/paulo-freire-o-simbolico-e-o-diabolico/


Por: Professor Hamilton Batista Coelho
Graduações: Letras-Português/Inglês
Especialista em Língua, Inglesa, Leitura,Produção de Texto e Lingüística
Mestre: Teologia/Educação Comunitária Infância e Juventude
Professor na escola : Estadual Delano Brochado, Estadual Affonso Roquette, Faculdade Tecsoma, Faculdade Finom e Ucam-Prominas
XMCred Soluções Financeiras
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