Vá lá que não foi por vontade da maioria, mas a Câmara rejeitou nesta segunda-feira, 21/11, substitutivo de Wilson Martins (PSD), que elevava de dez para 17 o número de vereadores de Paracatu. Os parlamentares Glewton de Sá (PMDB), Graça Jales (PSB) e Sílvio Magalhães (PTB) resistiram à pressão dos colegas e partidos políticos e votaram contra a matéria. Como precisava de oito votos favoráveis dosdez edis atuais, mas três ficaram contra, a matéria, no jargão popular, “foi pro saco”.
Face à rejeição do substitutivo de Wilson Martins (PSD), os vereadores foram chamados a votar a proposta original de emenda à Lei Orgânica do Município, de autoria de João Macedo e José Maria Coimbra (DEM) e Rosival Araújo e Vânio Ferreira (PT). Ela, a original, estabelecia que o aumento do número de vereadores poderia voltar a ser discutido e aprovado em 2.012. Aí, Glewton de Sá, Romualdo Ulhoa e os próprios José Maria Coimbra e Wilson Martins votaram contra. Pá de cal.
Resumo da ópera: o aumento do número de vereadores, de dez para dezessete ou qualquer outra quantidade, se depender de votação da Câmara, está morto e sepultado. Conforme manifestações que chegavam aos veículos de comunicação social local, ele era rejeitado pela população. Mas a maioria dos atuais vereadores, com medo das urnas, os partidos políticos e os pré-candidatos, ávidos por “uma boquinha”, brigavam por ele. Lógico: com o aumento dos assentos, cairia a quantidade de votos necessários à eleição de um candidato.
No entender de interessados no aumento, resta agora a opção de se recorrer ao Poder Judiciário. Afinal, dita a lei que Paracatu comporta de nove a 17 vereadores. Se o Legislativo não o fez, caberá ao Judiciário fixá-lo. Mas será que a Justiça, se acionada for, vai instituir um aumento que opinião pública condena e que nem mesmo a Câmara, que é política e chamada de “Casa do Povo”, achou conveniente adotar?
