“Antes dele me jantar, eu almoço ele”

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Já pedindo desculpas pelos erros de português, mantidos em respeito à originalidade da citação, há um ditado popular que diz: “Antes dele me jantar, eu almoço ele” (sic). O deputado estadual Almir Paraca, do PT, em entrevista ao jornal NoroesteNews, admitiu a possibilidade de ser candidato a prefeito de Paracatu no ano que vem. O partido já lançou quatro pré-candidatos ao mesmo cargo. Mas, caso nenhum deles decole, e o PT o convoque, Paraca poderá encarar o desafio.

Anos atrás, Almir era deputado estadual e resolveu ser candidato a prefeito pela primeira vez. Enfrentou o ex-prefeito Arquimedes Borges, do PTB, que, agora, é seu companheiro político. Acabou ganhando a eleição, mas foi derrotado pelo próprio Arquimedes Borges quando tentou a reeleição para prefeito, quatro anos depois.

Sem a Prefeitura, encarou dificuldades e uma derrota quando quis retornar à Assembleia. O eleitor parecia negar-lhe o cargo eletivo que, afinal, ele abandonara antes para ser prefeito. Só com muito esforço, e depois de ter passado pela cúpula da forte Fundação Banco do Brasil, é que voltou ao parlamento mineiro, foi reeleito e está no exercício do mandato.

Então, qual a explicação para o parlamentar petista enfrentar a mesma pedreira e o mesmo risco novamente? Bem, para entender o tabuleiro da política, é preciso prestar atenção no que o político diz e, principalmente, no que ele não diz. Paracatu é a principal base eleitoral de Almir. Sem os votos locais, ou com uma divisão muito grande do reduto, muito provavelmente, a candidatura do líder petista estaria fadada ao fracasso. Ocorre que o prefeito paracatuense, Vasco Praça Filho, do PMDB, cuja administração vem sendo bem avaliada em pesquisas de satisfação popular, anunciou o seu desejo de ser candidato a deputado estadual após a sua saída da Prefeitura. Isso seria o mesmo que colocar um tatu faminto no mandiocal eleitoral de Paraca. E não é tatu bolinha não, é um “bitelo” de um tatu canastra, dos maiores…

Antes que isso aconteça, Almir e o PT, a exemplo de outros grupos oposicionistas, trabalham para impedir que Vasco Praça Filho eleja o seu sucessor; e forme, assim, uma base de apoio forte à sua futura candidatura a deputado. Ou seja, “antes dele me jantar, eu almoço ele” (sic).

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