Quem financia as campanhas eleitorais?

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button

Está em curso no Congresso Nacional a reforma política. Um ponto polêmico da tal reforma é o financiamento das campanhas. E você? Já parou para pensar sobre isso: afinal, quem financia as campanhas eleitorais? Alguns defendem que as campanhas sejam financiadas pela iniciativa privada e outros defendem o financiamento público da campanha.
Detendo-me um pouco mais sobre o tema, cheguei à conclusão de que hoje já existe, de forma camuflada, o financiamento público das campanhas eleitorais. Explico: Quando alguém, empresário ou não, resolve financiar campanha de determinado candidato, ele não o faz simplesmente porque acha o candidato mais competente ou mais apto a ocupar aquele cargo público. Nem sempre financia porque concorda com a plataforma política deste ou daquele. O que permeia no atual sistema eleitoral brasileiro é o “toma-lá-dá-cá”.
Nesta lógica do “é dando que se recebe” , muitos colaboram na campanha para cobrar em dobro depois. Esta cobrança, invariavelmente vem depois das eleições em forma de apadrinhamento de cargos públicos , nos contratos fraudados, nos aditivos desnecessários e nas licitações com cartas marcadas. Daí por que eu concluo que o financiamento já é público, pois é o próprio povo que mais cedo ou mais tarde financia as campanhas quando paga seus impostos. Convém salientar que o governo hoje já paga as inserções em rádio e TV, além do famigerado fundo partidário. Ou seja, o povo paga duas vezes.
A perversidade desse atual sistema reside no fato de que poucos são privilegiados e nem sempre os mais competentes são os escolhidos. A atual lógica eleitoral está longe de ser democrática, pois quem paga mais ou quem é mais agraciado com contribuições financeiras tem mais chance de ser eleito. Não importam projetos, formação ética e política, muito menos compromisso com a causa pública. Registre-se que alguns poucos lutadores, mesmo sem dinheiro, ainda conseguem vencer, mas não sobrevivem por muito tempo aos feudos eleitorais formados por setores abastados da sociedade.
Defendo um financiamento público verdadeiro, não a forma hipócrita que ocorre hoje. Com certeza, ficará mais barato para o Estado e para o povo. Os candidatos terão as mesmas oportunidades para apresentarem suas propostas, sem discriminação ou privilégios. O eleitor não será ludibriado por campanhas milionárias. Os projetos importantes prevalecerão sobre as falácias costumeiras. Menos papel e sujeira nas ruas. Menos barulho. Menos corrupção. Mais respeito.
Claro que para que isso prevaleça, faz-se necessário mais aparelhamento e melhores condições de fiscalização para a Justiça Eleitoral, para que o famoso jeitinho brasileiro não se sobreponha à legislação. Vamos torcer para que essa Reforma Política trilhe pela lógica da verdadeira democracia!

XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button