O JEITINHO BRASILEIRO

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O famoso jeitinho brasileiro sempre foi cantado em verso e prosa por todos, pois nos orgulhamos da nossa adaptação a condições difíceis, bem como a facilidade de sair ileso nas situações complicadas.
A política brasileira apresenta várias facetas que ratificam este adjetivo, que é vivido na sua plenitude pelos nossos representantes, que de maneira astuciosa migram para vários lados sem a percepção do eleitor, mas que necessita ser avaliado por todos.
Declaro que tentei acompanhar a votação do projeto de revisão do salário mínimo pela TV Senado, mas não consegui assistir tudo, pois fiquei estupefato de tanta demagogia e alternância de discursos regados a passado e naftalina.
De um lado, uns conclamavam a Constituição Cidadã de 1988, exigindo seu cumprimento com frases decoradas de brasileiros famosos, lembraram-me dos jograis da minha infância, onde nos grupo escolares decorávamos frases famosas, e repetíamos para toda a criançada, mesmo que muitas vezes não entendêssemos nada.
Havia um clima de nostalgia e terror reinante na sessão plenária, jamais vi tanto jeitinho brasileiro junto, mas o foco central não foi sequer ventilado por nenhum dos presentes, havia sim risos, galhofas e gemidos longínquos, que não consegui descobrir de onde nasciam.
Mas não quero abordar este assunto na sua totalidade, até porque não me julgo conhecedor de todos os interesses ventilados, mas de modo especial li uma reportagem sobre outro assunto, que me chamou atenção e gostaria de partilhar com todos:

Toda a negociação aconteceu com o aval da presidente Dilma Rousseff. Ela foi formalmente consultada por Campos sobre a costura com o prefeito paulistano, no início deste mês.
O novo partido será fundado para livrar de punições por infidelidade partidária os parlamentares que migrarem com Kassab. A troca de legenda só é permitida com a apresentação de uma "justa causa" e a criação de uma sigla é uma das justificativas aceitas pela Justiça Eleitoral.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/880197-kassab-sela-saida-do-dem-e-fundacao-de-novo-partido.shtml

O jeitinho brasileiro descobriu uma maneira de burlar a fidelidade partidária, ou seja, não acreditemos na perda de mandatos por infidelidade, lembro que já comentei sobre este assunto logo após as eleições de 2010, que a fidelidade havia acabado.
A morte da fidelidade foi proclamada aos quatro ventos, pois agora é só fundar um novo partido e depois migrar para o que se interessava no início, vamos criar um partido fantasma, mas já temos várias coisas fantasmas em nosso país, mais uma não alterará nada.
Enfim somos um povo criativo e antenado nas mudanças, e tudo graças ao jeitinho brasileiro, que achou uma saída para sepultar a fidelidade partidária, acompanhemos para sabermos os fantasmas que nascerão, engana-se quem pensava que isto era coisa de filme de ficção, pois no nosso país é realidade.

Marcos Rogério Miranda
Comunidade do Rosário
XMCred Soluções Financeiras
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