Farmácia 24 horas complica a Câmara e vai à Justiça

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Numa atitude politicamente equivocada, a Câmara de Paracatu disse não ao progresso e à opinião pública. Por meio da Lei Complementar 075, a Casa acabou com o nascente serviço Farmácia 24 horas, aprovado pelo próprio Legislativo e sancionado menos de dois anos antes. O novo dispositivo que, por ser casuístico e direcionado, bem poderia ser chamado de “Lei Farmácia Cristina”, está sendo condenado pela voz rouca das ruas, por internautas, ouvintes de rádio, telespectadores e pessoas que carecem de medicamentos e outros produtos para sua sobrevivência.

Resumo da ópera: o Código Municipal de Posturas, aprovado pela própria Câmara e sancionado em maio de 2.009, facultou a um sem número de empresas, aí incluídas farmácias e drogarias, o seu funcionamento a qualquer hora. Como salvaguarda, instituiu a obrigatoriedade do plantão, de forma a eliminar o risco de faltar o remédio para quem precisasse dele com urgência fora do horário de expediente.

Mas, com o desenvolvimento de Paracatu, o risco naturalmente acabou. A Farmácia Nacional, por conta própria, passou a atender até as 10 horas da noite. E chegou à cidade, dentre outras empresas novas, a rede de farmácias “Cristina”, programada para funcionar 24 horas/dia e oferecendo 30 empregos diretos. Se era bom para a cidade por um lado, por outro, em tese, era ruim para os donos das cerca de 30 farmácias já existentes.

O vereador João Batista, o Joãozinho Contador, do PSDB, assim, propôs mudar o Código Municipal de Posturas. Plantão com rodízio de farmácias, sim! Livre atendimento dia e noite, por quem quisesse trabalhar mais, não! A proposta foi subscrita por Glewton de Sá, do PMDB, e depois alterada por Rosival Araújo, do PT. Levada ao plenário, foi aprovada, apesar dos votos contrários de João Macedo, Romualdo Ulhoa e José Maria Coimbra. Sancionada pelo prefeito Vasco Praça Filho, virou lei em 23 de dezembro passado.

Há críticas aos vereadores e à Câmara na rua, na chuva e na fazenda. É sempre lembrado que, ano passado, os donos de supermercados, que judiavam nos preços, tentaram a todo custo impedir a instalação do Supermercado Bretas na cidade, temendo a concorrência. Mas foi impossível deter o progresso. Consumada a instalação, houve uma redução de preços generalizada e sensível melhoria dos produtos e no atendimento. A população ganhou e não aconteceu a tão propalada e temida quebradeira.

O caso da Farmácia 24 horas já está na justiça. É muito comum a pessoa não querer trabalhar e ser obrigada. Mas, dar emprego, querer trabalhar legalmente e ser impedida, isso é mais raro…

XMCred Soluções Financeiras
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