Hospitalidade Histórica… na visita dos candidatos!

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Não falta quem diga o contrário, sabe-se lá por quais motivos. Mas foi absolutamente correta e elegante a postura do prefeito Vasco Praça Filho por ocasião das recentes visitas dos candidatos ao Governo de Minas, Augusto Anastasia e Hélio Costa, a Paracatu.

Vasquinho e o seu governo receberam especial atenção do ex-governador Aécio Neves, candidato a senador, e do atual, Anastasia, candidato à reeleição, ambos do PSDB. Mas o partido do prefeito é o PMDB, que tem em suas fileiras o deputado federal Antônio Andrade, aliado de primeira hora do prefeito, um dos coordenadores da campanha peemedebista de Costa ao Palácio da Liberdade.

Se fosse retribuir os afagos e o apoio recebidos, Vasquinho ficaria com Anastasia e Aécio Neves. Daria demonstração pública de gratidão e alinhamento, como, aliás, estão fazendo os prefeitos de Minas em sua esmagadora maioria, muitos dos quais do seu partido. Correria, contudo, o risco de receber o rótulo de “traidor do PMDB”, fama que, para dizer o mínimo, é péssima. Porém, se fosse cumprir a diretriz estabelecida pelo seu partido, ficaria, como de fato ficou, com a candidatura de Hélio Costa. Mas como se comportar quando as agendas dos dois postulantes ao Governo de Minas instituíssem as suas mais que prováveis visitas a Paracatu?

Os dias das visitas chegaram, e, por mal dos pecados, um pertinho do outro. E o que fez Vasquinho? O que deveria ter feito: foi ao aeroporto, recebeu de forma impecável o ex-ministro candidato Hélio Costa, do PMDB, com discreta solidariedade partidária, mas sem abdicar da elegância que deve marcar o comportamento da autoridade máxima de uma um povo com cerca de 300 anos de história. O mesmo fez com Anastasia, que afinal é o governador de Minas e ainda se fazia acompanhar de Aécio Neves, ex-governador, e de Itamar Franco, ex-presidente da República. Não participou da carreata de nenhum dos dois, que, afinal, era ato político eleitoral, realizado no horário de expediente. Correu, assim, o risco óbvio de não ter agradado a qualquer das partes.

Preferência pessoal ou partidária à parte, Vasquinho optou por cumprir a chamada liturgia do cargo: ser, acima de tudo, o representante do povo de Paracatu, que é culto, civilizado e tem fama de hospitaleiro. Essa fama já era registrada em 1.819 por Auguste Saint-Hilaire, e, em diferentes épocas, também por Johann Emanuel Pohl, Afonso Arinos (sobrinho) e Assis Chateaubriand, citados por Oliveira Mello.

É por isso que a cidade ainda sente vergonha de um lamentável incidente ocorrido décadas atrás, quando Juscelino Kubitschek, então candidato a governador de Minas, em visita à cidade, foi atingido por uma chuva de ovos atirados por aborígenes estúpidos, a mando de adversários igualmente estúpidos, que não souberam ou não quiseram interpretar o verdadeiro sentimento hospitaleiro de nossa gente.

Entre ser partidário ou agradecido, Vasquinho preferiu fazer e ser o que é: o representante de um povo e, com altivez, agir como tal.
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