Como anda a relação entre mães e filhos? Pare e pense. Olhe para o lado. Converse com o vizinho. Não será difícil ouvir queixas e muitas delas relacionadas ao que podemos chamar de “mal do século”.
Muitas, sofridas mães, famílias inteiras vivem o drama de conviver com um filho, o irmão, o sobrinho que pensava conhecer, mas não conhece mais. Sofrendo, em especial as mães, olham para o filho perdido no vício do “crack” e pedem ajuda. Não sabem mais o que fazer.
Apelam à polícia e chegam a pedir: _ Levem meu filho preso. _Mas, o que ele fez? Pergunta o PM. _Meu filho vive na rua. Está furtando objetos em casa para comprar droga, sustentar o maldito vício. Não o reconheço. Sozinha, não encontro na figura paterna nenhum apoio. Não vejo saída.
Ah, como dói ouvir uma mãe dizer algo assim. Dor maior é ter a certeza de que esta, que é uma história real, é a realidade de milhares de mães espalhadas pelo mundo. Capazes de tudo para salvarem seus filhos, elas sentem o fracasso bater a porta, quando é o próprio filho que saí de casa para buscar nas ruas a mais cruel companhia.
O índice de jovens envolvidos com o tráfico de entorpecentes é cada vez maior. Em Paracatu, assim como em outras cidades do país, a sensação de impunidade, impotência atemoriza famílias de todas as classes sociais. Não que as autoridades não tenham se preocupado com o problema, mas o cidadão de bem vive inseguro. E, muitas vezes é obrigado a “fazer vistas grossas” para salvar a própria pele.
Bem, voltando o nosso olhar às mães, essas são as que mais sofrem e choram pela vida dos filhos que a todo o momento são arrancados de casa pelo “crack” das esquinas, das quebradas e das baladas, por isso elas são lembradas de maneira especial.
Além de propor uma reflexão acerca desse assunto, aproveito para fazer um apelo à sociedade organizada, porém refém de um crime muito mais organizado do que imaginamos. É preciso dar um basta ao horror que ironicamente foi batizado de CRACK. O estrago que esta DROGA está fazendo aos lares e à vida de milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos está ficando cada vez maior e se você não faz parte do problema, não escolha ficar à margem, seja parte da solução. Há sempre algo que podemos fazer pelo nosso irmão.
“Que o caminho seja brando a teus pés,
o vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
as chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
Deus te guarde na palma de Sua mão.”
(antiga bênção irlandesa)
