Repercutiu mal, em Paracatu e na região, a destituição da professora Maria Isabel Avelino (Beia) do cargo de superintendente regional de Ensino, já na reta final do atual Governo de Minas. Ela vinha desenvolvendo um bom trabalho, conforme atestam as avaliações de desempenho. Caminhava para um belo final de missão junto com a administração estadual à qual serviu. Mas acabou atropelada por pressões políticas oriundas principalmente das prefeituras de Arinos e Unaí.
Beia foi indicada ao cargo pelo deputado Antônio Andrade, do PMDB, quando o seu partido ainda fazia parte da base de apoio do Governo do Estado. Ocorre que o ex-governador Aécio Neves afastou-se e foi substituído pelo vice Augusto Anastasia, que agora é candidato à reeleição pelo PSDB. O PMDB lançou candidatura própria ao palácio da liberdade, a do ex-senador Hélio Costa, de quem Andrade é companheiro e forte aliado político. Foi a oportunidade esperada por setores que estavam de olho na Superintendência.
Em Paracatu, circularam informações de que o Diretório Municipal do PSDB teria participado do afastamento da superintendente, postulando a vaga para Marcelle Adjuto, candidata a vereadora tucana no último pleito. O presidente do partido, Ariel Ribeiro Pinho, nega: se tivesse de reivindicar o posto, o PSDB, que é governo, poderia ter feito isso muito antes – pondera. Antônio Andrade, por sua vez, disse a esse comentarista que pressão mais forte pelo afastamento da superintendente partiu mesmo foi das prefeituras de Arinos e Unaí, no caso da última, na pessoa do vice-prefeito Branquinho. A articulação em belo horizonte, por sua vez, teria sido feita pelo deputado José Santana, do PR.
Pois é. Unaí não se conforma por não sediar a Superintendência Regional de Ensino nem ter a sua direção. Mas, nesse ponto, pouco adiantou mais essa investida política: a nova superintendente é a educadora Maria do Carmo Pereira Marinho, procedente de Belo Horizonte… E o nosso Brasil brasileiro, dentre outras mazelas, não prioriza de verdade a educação. Aparecemos mal na foto quando comparados a outros países, perdendo feio até para nações pouco expressivas mundialmente. Se se imiscui política partidária no processo, aí é que a coisa fica pior…
