Eles não ligam pra gente

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Com o movimento cada vez mais intenso, a Avenida Olegário Maciel vai desenhando um cenário comum nos grandes centros e as características daquela tranquila Paracatu vão sendo perdidas. Surge então uma população que na maioria dos casos, não é da cidade.

Todos os dias eles estão lá. Com o passar dos anos, não são mais notados como antes, quando causavam certo espanto. Muitos utilizam as ruas em busca de anonimato, por problemas com a lei, por questões familiares ou por dificuldades econômicas.

As pessoas passam, comentam, reclamam. As autoridades não sabem mais o que fazer ou jamais souberam. As providências que anunciam não surtem efeito e a situação é a que se vê, quando se quer ver.

Os comerciantes, seus vizinhos, suportam indignados o que são obrigados a ver e a sentir todos os dias. A calçada serve de “banheiro” e as portas do comércio e prédios de abrigo.

Pernoitam em praças, becos, casarões abandonados, rodoviária. Mas, é na principal avenida da cidade, que eles se encontram e se acomodam e os incomodados que desviem seus olhares, porque eles os “moradores de rua” não estão preocupados.

Na verdade, cada um com sua história de luta ou de derrota, vive ou sobrevive sem ter conta para pagar, roupa para comprar, planos para fazer. Daí eu pergunto: até quando? Será que nos “acostumamos” a ver essas pessoas vivendo assim que acabamos por achar comum? O que precisa ser feito? Talvez parar de apontar o dedo seja o primeiro passo para mudar essa realidade.
XMCred Soluções Financeiras
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