Aumenta a emissão de Carteiras de Habilitação, mas qualidade do trânsito não.
Engarrafamentos, estacionamentos em locais proibidos, estacionamento em fila dupla, na contra-mão, virar sem dar seta, falar ao celular no volante… Esses são apenas alguns dos sintomas de um trânsito que se torna complicado em grande parte pela qualidade dos usuários das vias. Será que isso tem alguma coisa a ver com a quantidade de CNH’s emitidas?
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Apesar do considerável aumento de emissão de carteiras de motorista na nossa cidade, ainda pode-se considerar boa a qualidade dos condutores que por aqui transitam. É verdade que o trânsito tem se tornado cada vez mais complicado, fator perfeitamente normal diante do crescimento populacional e econômico de Paracatu, mas há que se considerar a realidade de que nos últimos tempos a emissão das habilitações tem se tornado um processo mais rápido e fácil, comparando-se com a demora de anos atrás.
Contudo, são recorrentes os comentários de visível favorecimento, ou não, na emissão das habilitações. A prova prática é realizada nas ruas, e vistoriada por um agente da Polícia Civil, posto que não possuímos em nossa cidade uma sede do DETRAN. Sendo assim, a aprovação ou não do candidato a motorista fica a critério da avaliação realizada por este agente, e, segundo denúncias, estes critérios têm variado bastante no sentido de que se considera não somente a habilidade do postulante a condutor ao volante, mas o estado de humor do agente, o calibre financeiro do candidato, ou qualquer outra faculdade não constante nas leis de trânsito.
É verdade que não se pode considerar tais comentários como totalmente verídicos, visto que até onde se tem conhecimento, não constam denúncias formais a esse respeito. Mas como diz o sábio ditado popular, “onde há fumaça, há fogo.” De forma alguma é possível acatar, a priori, alguma certeza com relação a fatos assim. Porém, deve-se sempre buscar a aprimoração dos serviços, para que a população seja sempre bem atendida, até pelo alto preço que é pago para se obter uma habilitação.
Por: Vinícius Ferreira de Aguiar
Redação Paracatu.Net