Paracatu! Capital do Brasil?

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button
Nesta quarta-feira, dia 21 de abril, Brasília comemora 50 anos de existência. Fruto da audácia de Juscelino Kubitschek, do projeto urbanístico de Lúcio Costa e dos traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer, a cidade é um marco da estética modernista e movimentou milhões com a sua construção.Os custos totais de sua concepção nunca foram revelados e acabaram incorporados nos mistérios das profecias e do sonho de integrar as metrópoles com o interior do Brasil.

A história de Brasília surge com as primeiras idéias de uma capital brasileira no centro do país. Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, em 1716, sugeriu pela primeira vez a necessidade de interiorizar a capital do país. Em 1821, José Bonifácio de Andrada e Silva, estadista brasileiro, retoma o assunto da interiorização da capital, sugerindo o nome Brasília.

No entanto, mesmo tendo sido fundada em 1960, a cidade já tem mais de 200 anos de história para contar. Isso porque foi no começo do século XIX que surgiram os primeiros esboços da ideia de levar a capital para o Planalto Central. Inicialmente, a sugestão teria sido influenciada por questões militares. Como o Rio de Janeiro ficava no litoral, consultores estrangeiros já avisavam que seria melhor ter a sede do governo no centro do Brasil.

Curiosamente, as duas primeiras "Brasílias" foram cidades mineiras. Em 1823, o estadista José Bonifácio sugeriu que a capital fosse transferida para Paracatu.

História

A primeira sede administrativa do Brasil foi São Salvador (atualmente Salvador), onde funcionou de 1578 até 1763, transferida posteriormente para o Rio de Janeiro. Entretanto, desde o início da colonização a idéia de uma capital no interior esteve sempre presente. Apesar da falta de evidências, credita-se a originalidade da idéia ao Marquês de Pombal (1699-1782), que desejaria, então, uma capital inexpugnável, não apenas para a colônia, mas de todo o reino português.

Em 1808, a corte portuguesa refugiou-se no Rio de Janeiro. Em 1809, William Pitt, primeiro-ministro do Reino Unido recomenda, por motivos de segurança, a construção de uma Nova Lisboa no Brasil central.

A partir de 1813, Hipólito José da Costa, em repetidos artigos de seu Correio Braziliense, reivindicava "a interiorização da capital do Brasil, próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste".

Em 1821 José Bonifácio preparou a minuta de reivindicações da bancada brasileira para a parecer da comissão encarregada da redação de aditamentos à constituição. Acredita-se que tais reivindicações inspiraram a publicação em 1822 de um in-fólio sob o título de "Aditamento ao projeto de Constituição para fazê-lo aplicável ao reino do Brasil", em que se sugere "no centro do Brasil, entre as nascentes dos confluentes do Paraguai e Amazonas, fundar-se-á a capital desse Reino, com a denominação de Brasília".

José Bonifácio de Andrada e Silva, tão logo viu proclamada a independência do Brasil, ofereceu à assembléia constituinte, a que então presidia, uma Memória, onde demonstra as vantagens "de uma nova capital do Império no interior do Brasil, em uma das vertentes do rio São Francisco, na recém criada comarca de Paracatu do Príncipe, que poderá chamar-se Petrópole ou Brasília…".

Na legislatura de 1852 a questão tornou a ser ventilada, despertando a atenção do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, que defendeu ardorosamente no compêndio "A questão da capital marítima ou no interior?". Coube-lhe a primeira verificação prática no local (1877). Apontou então como local mais apropriado "para a futura capital da União Brasílica o triangulo formado pelas lagoas Formosa, Feia e Mestre d'Armas, das quais manam águas para o Amazonas, para o São Francisco e para o Prata!". Determinava assim, com oitenta e três anos de antecedência, o ponto onde se iria instalar a nova capital.

Muito embora a constituição de 1934 previsse a interiorização da capital federal e ordenasse que, "concluídos os estudos, serão apresentados à Câmara dos Deputados, a qual tomará, sem perda de tempo, as providencias necessárias à mudança", sobreveio a carta constitucional de 1937 e foram esquecidos tais propósitos. Reapareceu o mesmo texto no art. 4 das disposições transitórias da constituição de 1946, motivando a comissão chefiada pelo engenheiro Poli Coelho, que reconheceu a excelência do local já preconizado. Outra comissão, constituída em 1953 e presidida (em 1954) pelo general José Pessoa, completando os estudos já realizados, delineou a área de futura capital entre os rios Preto e Descoberto, e os paralelos 15o30' e 16o03', abrangendo parte do território de três municípios goianos (Planaltina, Luziânia e Formosa), o que foi aprovado.

Em 09 de dezembro de 1955, o presidente da Repúbica em exercício, Nereu Ramos, através do decreto n.38.261 transforma a Comissão de Localização da Nova Capital do Brasil, em Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal, da qual foi presidente, de maio a setembro de 1956, o doutor Ernesto Silva, que, a 19 de setembro, lançou o concurso nacional do Plano Piloto de Brasília.

O arquiteto Oscar Niemeyer foi escolhido para chefia do Departamento de Urbanística e Arquitetura, sendo encarregado de abrir concurso para escolha do plano-piloto; assim, em março de 1957, uma comissão julgadora constituída por sir William Halford, Stano Papadaki, André Sive, Oscar Niemeyer, Luís Hildebrando Horta Barbosa e Paulo Antunes Ribeiro escolheu o projeto do arquiteto Lúcio Costa.

Em 15 de março de 1956, já empossado, Kubitschek assinou a Mensagem de Anápolis polis, lançando as bases da Companhia Urbanizadora da Nova Capital, Novacap, transformada na Lei nº 2.874, de 19 de setembro de 1956, cujo artigo 33 sacramentou o nome Brasília. para a futura capital. O engenheiro Israel Pinheiro foi nomeado como o primeiro presidente da Novacap, dando início aos trabalhos de terraplenagem em 3 de novembro de 1956.

Sob a batuta do arquiteto Oscar Niemeyer, Brasília floresceu como um dos projetos arquitetônicos mais ousados de todos os tempos. Com um estilo modernista, ele projetou uma cidade que fosse capaz de surpreender seus visitantes.
"Preocupava-me, fundamentalmente, que esses prédios constituíssem qualquer coisa de novo e diferente, fora da rotina de modo a proporcionar aos futuros visitantes da Nova Capital uma sensação de surpresa e emoção que a engrandecesse e caracterizasse. Com relação aos outros prédios – prédios urbanos – desejava estabelecer uma disciplina que preservasse a unidade dos conjuntos, fixando, para os mesmos, normas e princípios com o objetivo de evitar, entre outros inconvenientes, as tendências formalistas. Com essa intenção, organizamos, mais tarde, um serviço especial de aprovação de plantas onde, intransigentemente, mantivemos esse critério", disse o arquiteto.

Mega-show na comemoração

Para comemorar seu aniversário de 50 anos, a cidade de Brasília terá um mega-show comandado pela cantora Daniela Mercury, que será mestre de cerimônia do evento. A festa será na Esplanada dos Ministérios e está programada para começar às 16h. A dupla Pedro Paulo e Matheus, os Paralamas do Sucesso e Milton Nascimento irão se apresentar enquanto Nx Zero, Bruno e Marrone e Luan Santana, anteriormente cotados para integrar o show, ficaram de fora da festa.

"A população pode esperar uma grande festa e muita energia positiva", disse o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho. O governador em exercício Wilson Lima espera que o clima ruim que a vida política da cidade atravessa desde o escândalo de Arruda não interfira nas comemorações.

"Quando assumi o governo, senti o peso de separar a crise política da festa de 50 anos da cidade. Tenho certeza de que saíra da forma mais agradável para a população", ressaltou o político.


Fonte: http://wbrasilia.com/Brasilia.htm
XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button