As CPI's e a Revolução

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As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são como as revoluções, na visão do Marechal Castello Branco. Castello dizia que é possível saber como uma revolução começa, mas nunca como ela termina. O levante que fez dele presidente da república começou, em 1964, como uma proposta democrática e salvadora. Virou, á sua revelia (DIGA-SE), uma ditadura assassina e corrupta.

A CPI da saúde de Paracatu, que ora se instala, foi deflagrada após declarações do Médico e Vereador Romualdo Ulhoa. Ele soltou os cachorros e tornou pública a disparidade existente entre os salários dos colegas lotados no sistema público municipal. Romualdo mirou no secretário Eurípedes Tobias. Mas uma coisa puxa outra: “O Pau que bate em Chico, bate em Francisco”. E a CPI vai investigar também denúncias de que médicos dormem durante os plantões e cometem crime de omissão de socorro; de que ganham do município para trabalhar, mas ficam fora do ambiente de trabalho dando aula, atendendo em consultórios particulares, etc e tal, principalmente etc e tal.

Quanto á CPI da educação, requerida pelo Vereador Vânio, a situação da administração municipal parece ser mais tranqüila. O dinheiro repassado pelo governo federal para construção de escola no bairro primavera não foi utilizado. Mas também não foi gasto indevidamente, permanecendo depositado. O vencedor da licitação (GRANDE NOVIDADE!) queria mais grana. A prefeitura não concordou e fez o que fez seguindo orientação do próprio Ministério da Educação. No caso, o que pode trazer preocupação para o governo municipal é a máxima do Marechal Castello Branco sobre revoluções, aplicada ás CPIs.

Analisado sob o prisma da política local, o problema é que as administrações do prefeito Vasco Praça Filho são marcadas por duas injustiças. Uma boa para ele, outra ruim. Seu primeiro governo foi muito bom, mas os companheiros e a população classificam-no como Fantástico; a outra injustiça é que o seu atual mandato está sendo bom, mas agora é avaliado como muito ruim. Nem o primeiro foi tão fantástico assim, nem o segundo está sendo tão ruim assim. Só que a avaliação popular, equivocada ou não, dita o comportamento da Câmara, uma casa política, sensível á voz rouca das ruas.

O destino de Vasquinho, por força dessas variantes, está em suas próprias mãos. Se ele for á mídia, ás ruas, ás famílias, ás fazendas, ás pessoas e instituições e mostrar os valores que tem o seu atual governo, com certeza, recuperará muito do seu antigo charme, com licença da má, mas adequada palavra, ele precisa recuperar “A TESÃO” pela coisa pública. O clássico da MPB recomenda o caminho: Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima. Se fizer isso, as CPIs murcharão feito mudas tenras expostas ao sol abrasador. Caso contrário….

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