Quaresma?! Cuidado!!!

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Na minha infância quando chegava a quarta-feira de cinzas ficávamos apreensivos. A quaresma tinha chegado. Íamos a missa pra receber as cinzas e éramos orientados a não sair de casa à noite, exceto pra orações. Fazer arte? Nem pensar!!! Os adultos diziam: “Cuidado! O capeta está à solta nesses quarenta dias e está rondando o mundo”. Qualquer passo em falso, erro ou pecado era motivo pra pânico. O medo do capeta tomava conta.

Ao término da quaresma, vinha a Semana Santa e a lista de recomendações aumentavam. Pra Sexta-feira Santa então, nem se fala, a lista era enorme: nao varrer casa, nao pentear os cabelos, não bater roupa, não beber leite, não comer carne…

O tempo passou, hoje sou adulto, não se fala mais nisso. Prenderam o diabo? Era mentira? Não. Perdemos o senso de pecado. A religiosidade popular, tão salutar pra formação da consciência humana e cristã foi deixada de lado. Dizem: “Desmitificamos a religião. Os antigos não sabiam de nada, inventavam essas histórias pra nos fazer medo”.

Os quarenta anos que o Povo de Deus passou no deserto (sofrimento, fome, sede, mas também profunda experiência da presença de Deus) e os quarenta dias que Jesus passou no deserto (tentações e superações à luz da Sagrada Escritura) não fazem mais sentido na vida de muitos de nós.

Hoje, infelizmente não respeitamos mais a quaresma. O carnaval avança quarta-feira de cinza à dentro. Semana Santa? Sinal de feriado prolongado, época propícia pra viagens, passeio e descanso.

Consequencia: distanciamento de Deus. Sem temor a Deus (que não é a mesma coisa que medo de Deus) não há respeito às coisas e tempos sagrados. E estamos colhendo os frutos de uma recente geração criada como se Deus não existisse, fosse um mito criado pelo homem ou se tratasse de um inibidor da liberdade humana.

Não precisamos resgatar as fantasiosas histórias quaresmais que nos motivavam a vivenciá-la com reverente respeito. Mas precisamos resgatar o verdadeiro sentido da quaresma: tempo de repensar a vida em busca de mudança; tempo de conversão.

Realmente o diabo anda solto por aí. Mas não é aquele diabo horrível de olhos vermelhos, rabo, chifre e garfo na mão. Esse não atria ninguém. Ele anda em nosso meio com fantasias bonitas e atrativas. Nos impede de viver a fé e a religião. Faz aumentar em nosso meio: a violência, a injustiça, a corrupção…

Pense nisso.

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