NATAL: A LUZ QUE NASCE PARA TODOS – por Tarzan Leão

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button
Felizmente muita gente resiste em aceitar a celebração natalina como um evento meramente pagão e comercial. É preciso falar do mais importante: o nascimento simbólico de Jesus de Nazaré. Digo nascimento simbólico porque, muito provavelmente, Ele não nasceu nessa data.

Existem registros de celebrações do nascimento de Jesus de Nazaré por volta do século IV, mas foi o papa Júlio I, no ano de 350, quem fixou, através de um decreto, a data de 25 de dezembro como o Dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Uma das explicações para a escolha do dia 25 de dezembro como sendo o dia de Natal prende-se como fato de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno. Sendo, porém, todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar o dia, colocando em segundo plano a sua conotação pagã.

Há registros inclusive de que, em 274, o Imperador Aureliano haver proclamado o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável), portanto, praticamente um século antes dos cristãos terem-se apropriado da data. Pra se ter uma ideia do quanto esse assunto é controverso, Jesus nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer, no ano 4 antes de Cristo, ou seja, dele mesmo. Isso significa que, conforme estudiosos do assunto, o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da própria era cristã.

Cito esse referencial histórico tão-somente movido pela minha obsessão em buscar sempre a verdade histórica. Mas, creio eu, o fato de Jesus Cristo ter nascido ou não nessa data não vem ao caso. Isso não é, ipso facto, relevante à nossa reflexão.

Quero chamar a atenção para o que estamos fazendo do Natal e, sobretudo, para o que estamos desperdiçando em deixar de lado o essencial e nos perdermos em consumismos. Nessa época de mundo descristianizado, há muito mais esforço em divulgar a imagem sempre patética do Papai Noel, esse velhinho ridículo vestido numa desconfortável roupa vermelha, do que centrar o foco na verdadeira razão da celebração. Deixamos o essencial de lado e abraçamos o periférico, o sem-importância e a mercantilização da data. Não se fala no Cristo nos anúncios. Nada se diz sobre sua mensagem. Quanto ao Papai Noel, está em todas as lojas, nos anúncios da TV, em todas as campanhas publicitárias, enfim. Pergunte a uma criança o que a data significa e ela não fará referência alguma a Jesus de Nazaré, que foi morto num madeiro para nos salvar. As crianças procuram a Casa do Papai Noel, mandam cartas sabe-se lá pra onde pedindo presentes os mais esdrúxulos possíveis. A televisão destina longos espaços em seus noticiários para mostrar neve, renas e velhinhos barbudos. Quanta tolice, meu Deus, quanta tolice!

Enquanto isso, aqui nos trópicos, está a ponto de derreter de tanto calor. Em alguns shoppings simulam neve. Coisa de gente de terceiro mundo, povo atrasado, dominado cultural e economicamente pelos países do Norte rico e branco de neve. Chego a imaginar a cena: Jesus de Nazaré, à semelhança do que fez aos vendedores do Templo, quebrando árvores de Natal e arrancando touca, roupa e barba de um Papai Noel atônico: “o que vocês fizeram com a data do meu nascimento? Como puderam transformá-la num grande empreendimento comercial? Como tiveram coragem de fazer isso?” Ia ser risível. Não, não ia. Ia ser trágico. Eu choraria diante da cena. E, muito provavelmente, ajudaria a desmanchar essa mentira chamada Papai Noel e Natal como símbolos de uma grande festa dedicada ao deus-comércio, ao deus-consumismo.

Precisamos buscar nos evangelhos o verdadeiro sentido desta data, muito embora eles não façam nenhuma referência direta a respeito de quando Ele nasceu. Mas contam de um menino pobre que nasceu ao relento por falta de abrigo, que viveu pobre e que, desde o nascimento, sofreu as mais duras perseguições. Por que nunca cedeu. Por que nunca fez o jogo do poder. Por que jamais deixou de lado os seus princípios em nome de aceitação social. É desse Jesus, que morreu e ressuscitou que devíamos falar. Anunciar o seu nome. Levar a todos os povos a Sua mensagem de libertação e de conforto. Exortar a todos a se voltarem às fontes evangélicas. Só assim daríamos um novo sentido ao Natal. Somente assim, será possível restaurar o essencial: a celebração do nascimento do Cristo, o Filho de Deus, Luz do mundo, fonte de libertação para todos nós pecadores, que ansiamos por Salvação.
XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button