Após uma rápida investigação, recebi uma informação segura de que Paracatu recebeu do Governo Federal, em 2009, para ser aplicado na saúde, a quantia de R$ 6.500.000,00 ( seis milhões e quinhentos mil reais) enquanto a vizinha cidade de Unaí recebeu R$ 2.700.000,00 ( Dois milhões e setecentos mil reais). Isto significa que nossa cidade foi beneficiada com quantia equivalente a mais que o dobro do que recebeu a cidade vizinha.
É no mínimo estranho, para não dizer trágico, que mesmo sendo agraciada com tanto dinheiro do governo federal para a área da saúde, Paracatu continue com tantos problemas nesse setor, principalmente no atendimento emergencial e hospitalar. São vários os casos de pacientes que necessitam da tutela judicial para adquirir algum medicamento essencial para sua sobrevivência, já que a Prefeitura sempre se nega a fornecer tais medicamentos.
Os casos de maus atendimentos se multiplicam, aliados à falta de profissionais e de equipamentos adequados no hospital e postos de saúde. Continuam ocorrendo aqueles casos absurdos em que uma pessoa acidentada ou necessitada procura o hospital e não encontra um só médico para atendê-la.
São muitas as pessoas que se deslocam de Paracatu para Unaí procurando um melhor atendimento e voltam elogiando a saúde pública e privada da cidade vizinha. Isso sem falar na vergonha do caso do IPSEMG, que apesar de cobrar altos valores dos professores e demais servidores estaduais, não tem médicos disponíveis em Paracatu, fazendo com que esses servidores também se desloquem para Unaí ou cidades vizinhas para serem atendidos ou para exames laboratoriais.
Ficam , então, algumas indagações: Onde está sendo aplicada toda essa verba oriunda do governo federal? E o tal do SUS existe ou é apenas fachada? Porque Unaí recebe menos recursos e consegue oferecer um serviço de saúde melhor que Paracatu? Por que existem vários médicos de várias especialidades que atendem pelo IPSEMG em Unaí e isso não ocorre em Paracatu?
São indagações que, com certeza estão na boca do povo e que merecem respostas claras e objetivas. Os governantes locais precisam dar respostas ao clamor da pupulação. Não se deve brincar com a boa-fé de um povo nem subestimar a sabedoria popular. O princípio da Eficiência precisa ser implementado com urgência para que o cidadão não sofra mais com este caos na saúde local.
