O caso recente do seqüestro e morte do taxista Orécio está entalado na garganta dos paracatuenses, principalmente dos que o conheciam mais de perto, como seus parentes e amigos. Qualquer morte traz um abalo irrecuperável para os que ficam e uma sensação de angústia e impotência. Neste caso, tudo indica que houve tortura e requintes de crueldade por parte dos assassinos, pelas condições em que foi encontrado o corpo. O que traz mais indignação é lembrar que a vítima era um pai de família e alguém que naquele momento estava em pleno exercício de sua profissão de taxista.
Algumas atitudes precisam ser efetivadas para que barbáries como essas não mais ocorram em nossa cidade. A Segurança Pública deve ser prioridade número um nesse momento até estancar essa onda de assaltos e violência que tanto perturba a comunidade paracatuense. Vidas estão sendo ceifadas covardemente, como os outros casos que até hoje se encontram sem solução.
Seria interessante que se instalasse em Paracatu com urgência um Esquadrão Anti-Roubo e anti-Sequestro, com atuação uníssona da Polícia Civil e Polícia Militar. A Sociedade precisa ainda se organizar , através de Instituições governamentais e Não Governamentais, com o intuito de discutir e apresentar propostas de solução para o problema da segurança pública , além de angariar mais verbas para aparelhamento das Polícias, com incursões nas várias esferas de governos. Paracatu pode ainda reivindicar sua inclusão no PRONASCI. O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania foi criado pelo Governo Federal com uma nova proposta para a segurança pública no Brasil. O objetivo: diminuir o índice de homicídio das cidades brasileiras. O Programa articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão da repressão, quando necessário.
Entre os principais eixos do Pronasci destacam-se a valorização dos profissionais de segurança pública; a reestruturação do sistema penitenciário e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência.
Com o Pronasci, uma nova relação federativa se instaura. Mesmo a segurança pública sendo prerrogativa constitucional do Estado, União e municípios passam a atuar também na questão. A União deixa de ser apenas financiadora de projetos na área, ocupando o papel de indutora de políticas. Por sua vez, os municípios passam a ter importante papel: enfrentar a criminalidade com ações preventivas, contando com o apoio do Ministério da Justiça no financiamento de projetos.
Pode-se criar em Paracatu, por exemplo, o Gabinete de Gestão Integrada Municipal ( GGIM), onde serão centralizadas as ações visando a prevenção e a repressão contra a violência, com a participação das Forças Policiais e Organizações Não governamentais. O projeto está iniciando em Brasília e tem previsão para ser implantado no entorno da Capital.
Essas são apenas algumas sugestões que me ocorrem nesse momento para tentar minorar esse grave problema de violência que tanto angustia e faz padecer nossa sociedade. Que toda a classe política de nossa cidade se dê a mão ( pelo menos nesse momento de dor) e faça gestões junto aos órgãos competentes para implantar tais programas e para que um caso tão triste como esse não volte a ocorrer em nossa cidade.
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