O pior apagão é o da memória!

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Nos últimos dias a notícia chave da grande imprensa brasileira ( quase sempre tendenciosa e de direita) foi o apagão que ocorreu no dia 10 de novembro, deixando às escuras, durante quatro horas, 18 estados brasileiros.

A politização desse blecaute foi tanta, que a grande mídia fez questão de esquecer , ou de pelo menos não divulgar de forma adequada , a votação dos projetos relacionados ao Pré-Sal, dentre eles aquele que trata da partilha e que dá a todos os municípios brasileiros o direito de receber mais “royalties” pela extração do petróleo e do gás, não importando se esta extração ocorre neste município ou não.

Para se ter uma idéia , um município como o de Paracatu que não sofre nenhuma ação na extração de petróleo, passa a ter o direito de receber uma boa parcela referente ao Pré-sal. Isso significa mais receita para os cofres do município e que poderá ser empregada em educação, saúde, transporte, etc.

Simultaneamente, a revista britânica “The Economist’ publicou matéria de capa que enaltece o governo brasileiro pela sua capacidade de sair da crise, mostrando a imagem do Cristo Redentor , um símbolo brasileiro, decolando.

Agora, diz a revista, o Brasil está em alta, tendo sido um dos últimos a entrar na crise e um dos primeiros a sair. "Sua economia está crescendo novamente a uma taxa anualizada de 5%. E o crescimento deve acelerar nos próximos anos, quando novas grandes reservas de petróleo em águas profundas começarem a produzir e enquanto os países asiáticos ainda têm fome pela comida e minerais do solo vasto e rico do Brasil", diz a "Economist".

O mundo lá fora reconhece a competência do governo brasileiro, mas, no Brasil, o PIG – Partido da Imprensa Golpista- prefere explorar as tragédias que ocorrem no país. Volta à tona aquela máxima: o que vende mais para a mídia irresponsável, a notícia de que o cachorro mordeu a criança ou que a criança mordeu o cachorro?

O blecaute ocorrido, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ocorreu graças à vários raios que caíram ao mesmo tempo próximo à estação de Itaberá, em São Paulo, ocorrendo um efeito dominó, atingindo várias redes de distribuição. Assim, fica mais que evidente que o o fato ocorreu não por falha técnica ou por incompetência , mas por problemas de intempéries, incontroláveis, portanto, pela ação humana. Mas a oposição preferiu explorar politicamente o fato, esquecendo-se que enquanto estava na situação, no governo FHC, não ocorreu um simples blecaute, mas um apagão em decorrência de falta de planejamento , que acabou ocasionando um sério racionamento e prejuízos intensos para todos os setores da sociedade.

É preciso, portanto, aguçar o senso crítico e reconhecer com sapiência as várias tendências que circundam os meios de comunicação. Em São Paulo, vigas das obras do Rodoanel se partiram e caíram sobre vários veículos, causando uma tragédia que poderia ter proporções maiores , mas que foi protegida pelas mãos divinas. E daí? A obra é do governo tucano e Pré-candidato José Serra. O acidente ocorreu por incompetência ou imperícia? Neste episódio, a oposição se calou e muitos setores da mídia não deram a cobertura devida ao fato. Fica a lição: em política, o mesmo pau que dá em Chico dá em Francisco e que atire a primeira pedra aquele que não está exposto a fatores que fogem ao seu controle.

Em todo caso, o pior apagão mesmo é aquele da memória. Quem insiste em rememorar apenas aquilo que lhe interessa, passando uma borracha nos fatos de real relevância, corre o risco de pagar caro no futuro por decisões incautas , baseadas em informações tendenciosas.
XMCred Soluções Financeiras
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