Brasil: ele é esse e aquele!

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Você sabia que o Brasil é um dos maiores países em extensão territorial? Que ele possui a maior quantidade de água doce do planeta? Que sua biodiversidade chega a ser a maior do mundo? Ou ainda que nele se encontram mais de 60% da maior floresta da Terra? Com certeza muitos já sabiam, entretanto, outros nem sequer suspeitavam.

Não sou uma Romântica, falando em termos de período literário no Brasil. Mas hoje, exatamente, queria retomar algumas de suas características. Para aqueles que não sabem, o Romantismo no Brasil foi caracterizado por duas gerações. A primeira, a que nos interessa nesse momento, foi marcada entre outras características, pelo nacionalismo ufanista e pelo brasileirismo. Isso me leva então, a fazer mais um questionamento antes de dar continuidade ao texto. Os brasileiros, em sua maioria, podem ser considerados verdadeiros poetas românticos?

É comum escutarmos expressões como: “tinha que ser no Brasil”, “essas coisas só acontecem no Brasil”, “isso é tudo culpa dos políticos do Brasil”. Nessas horas, eu, como boa brasileira (e racional) que sou, prefiro me apegar a uma outra expressão também muito falada: “é por isso que o Brasil não vai pra frente!”. São por esses e outros motivos, partindo da falta de bom senso de alguns brasileiros nas suas críticas, que temos tamanha dificuldade em progredir. É muito fácil abrir a boca e soltar um insulto à sua nação, mas isso parece muito difícil quando falamos em colocar o cérebro para funcionar e não ser apenas mais um anônimo da massa de senso comum, que se apega a mania de reclamar, mas que nada faz para o andamento do nosso país. Os mesmos que criticam, são também aqueles que atiram o lixo nas ruas.

Época de Copa do Mundo, lojas abarrotadas de artigos com as estampas da bandeira do Brasil. Variedades de roupas, pingentes, adesivos. O brasileiro se mobiliza naqueles dias em que a bola vai rolar e ele vai por um instante, esquecer todo os problemas que nos assolam. Terminado o período, tudo volta ao seu estado “normal”. As lojas retiram o estoque restante, e inúmeras pessoas desfilam pelas ruas com adereços que, mesmo que parcialmente, estampam a bandeira de outros países, principalmente EUA. E o pior, é que aqueles que ainda saem às ruas com as cores brasileiras, são interpelados, como se ser brasileiro, se restringisse somente às épocas de Copa do Mundo.

As perguntas no início do texto, não foram colocadas ao acaso. Elas revelam que a nação verde-amarela tem um potencial gigantesco, difícil de ser superado por outras. O Brasil é um país riquíssimo, desde a sua diversidade cultural e étnica, até sua biodiversidade. Muitas pessoas alimentam o sonho de viajar para o exterior antes mesmo de conhecer as belezas do próprio país. Poucos conhecem sua morada do Arroio Chuí ao Monte Caburaí, ou da nascente do Rio Moa a Ponta do Seixas. Felizes são aqueles que tiveram a oportunidade de viajar por esse Brasilzão, apreciando tudo aquilo que ele tem pra oferecer. Desde o “tche” do gaúcho, ao “uai” do mineiro ou ao “oxe" do nordestino. Suas pessoas e seus ritmos, suas cores, gostos, cheiros, seu povo caloroso que mesmo sofrendo, possui um espírito hospitaleiro que nunca encontraremos em estadunidenses, ingleses ou alemães.

Que o sol que faz com que o Brasil seja o lugar mais ensolarado depois do deserto do Saara, resplandeça sobre a cabeça do povo brasileiro, fazendo com que aqueles que ainda não enxergam toda sua beleza e potencial, adquiram a capacidade de abrir os olhos e valorizar o lugar em que nasceram. Que os brasileiros enxerguem que políticos ruins, existem em qualquer lugar, e o que faz com que toda essa parafernália continue, é a nossa falta de senso crítico, de luta e de garra para fazer da nossa nação, um lugar melhor de se viver. "Brasil, meu Brasil brasileiro…"

“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! Jamais verás nenhum país como este!”
(Olavo Bilac)

“Toda noite dá vontade de dizer: ‘esse é o verdadeiro Brasil’. Mas talvez seja mesmo ocioso procurar o país numa só pessoa e num só lugar. Ele é esse e aquele, não esse ou aquele. O que tem de melhor é a variedade. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural.”
(Zuenir Ventura)

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