O monstro vestibular!

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E de repente, eu me vi fechando mais uma etapa da minha vida. O culto, a colação, o baile. Anos e anos de fórmulas mirabolantes, números, regras gramaticais, noites em claro estudando de última hora para a prova do dia seguinte, ansiedade, medos, dúvidas… Ali findava um ciclo em que depositei todas as minhas forças para colher bons frutos futuros. Aquela era a hora de decidir de vez qual caminho seguir. Escolher um curso superior parecia difícil para muitas pessoas, mas não foi assim pra mim. As palavras brotavam das minhas mãos, no meu peito um coração pulsava forte, pedindo pelas sílabas que uma a uma iam se juntando como que numa dança mágica. Tomei o “lápis e o papel” como instrumentos de trabalho e a Comunicação como estilo de vida. O vestibular, a federal, o trote. A sensação inigualável de que você honrou seu esforço e dedicação. O nome na lista de aprovados e o pensamento num futuro promissor e de realizações. O projeto de Lei, o Supremo Tribunal Federal, a aprovação. Um balde de água fria na cabeça de uma ex-futura jornalista diplomada. A tristeza, o susto, a decepção. A conquista de outrora, agora já não fazia tanto sentido em termos técnicos. O sonho, a paixão, a garra. Fatores indispensáveis para reerguer e mostrar ao mundo nossa capacidade.

Depois de muito chorar as angústias de uma estudante do 3º ano do Ensino Médio, é que pude enfim compreender e avaliar a intensidade em que fatores externos interferem na nossa capacidade de manter a calma quanto ao nosso futuro pessoal e profissional. Com toda minha experiência de pré-vestibulanda, sinto-me inteiramente apta a dar algumas dicas para aqueles que estão agora de frente com o tão temido vestibular.

Em primeiro lugar, ignore aquela pressão exercida pela coordenação de sua escola. No meu caso, uma particular, no fundo estava mais interessada no nome da instituição e na propaganda de aprovados no fim do ano.

Sabe aquela história de que quem faz cursinho pré-vestibular é incompetente? Esqueça! Passar num vestibular exige muito mais do que saber um montão de conteúdos. É normal que as ansiedades interfiram no bom desempenho da prova. Passar de primeira não é uma regra, e portanto, não deve ser encarada como uma obrigação.

Você quer Educação Física, mas seus pais querem Medicina? É impressionante a capacidade da sociedade em criar estereótipos. Cursos bons não se limitam a Direito e Medicina. Sua profissão deve ser escolhida visando suas habilidades e preferências. Escolher um curso por um suposto (e ilusório) status, pode lhe acarretar frustrações futuras, além de um bisturi esquecido dentro do paciente na hora da cirurgia.

A revista diz que se deve estudar no mínimo 3 horas diárias, mas seu professor insiste na idéia de 6 horas inteiras com a cabeça enfiada nos livros? Livre-se de modelos prontos de estudo. Cada pessoa tem seu ritmo e suas necessidades. Tenha uma rotina e um método a seguir, mas não adote o método do seu colega ou aquela fórmula mágica da série que passou na TV.

Essa é uma fase conturbada na vida de muitos jovens. As pressões dentro de casa e na escola, acabam atrapalhando o equilíbrio daqueles que estão prestes a passar por um momento muito delicado, fazendo assim uma imagem monstruosa e assustadora do vestibular.

Se você possui um objetivo, utilize-se de toda sua força para alcançá-lo. Abrace sua causa com amor e preze por aquilo que lhe traz prazer. São muitos os percalços dessa vida, e no final, são poucos os que lhe estenderão a mão. A fé, a esperança, a força de vontade. Tudo é possível quando a alma quer e os braços buscam!

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