Os bons políticos, com a sua habilidade, com o seu “feeling” privilegiado, fazem a diferença quando entram na luta pela solução de problemas coletivos delicados. E isso aconteceu de forma clássica na semana passada em Paracatu. O confronto entre os servidores municipais em greve e a Administração do Prefeito Vasco Praça Filho radicalizava cada vez mais, trazendo intranqüilidade e desgastes variados. Ninguém na cidade encontrava uma saída para o impasse, apesar de tentativas bem intencionadas.
Aí, entrou em cena o presidente da Companhia de Promoção Agrícola (Campo) e do diretório municipal do PMDB, Emiliano Botelho. Ele abandonou viagem que faria à Arábia Saudita, como membro da comissão do Presidente Lula. Tinha dupla preocupação: as coisas na sua cidade não andavam bem, em razão da greve em curso e das suas conseqüências; de quebra, seu sogro, o impagável seresteiro Zé Bolacha, estava doente. Emiliano veio de Brasília. Manteve exaustivas conversas. E dobrou a resistência do Governo Municipal à concessão de aumento salarial aos seus servidores. Depois, concedeu entrevista de rádio, na qual teceu rasgados elogios ao Prefeito Vasco Praça Filho.
Sutilmente, estava colocando em prática uma equação política que muita gente não percebe ou não quer perceber. Em resumo: o servidor, graças à sua equação, era atendido naquilo que reivindicava; sem, contudo, na estratégia conciliadora de Emiliano, que isso ficasse parecendo uma derrota política do Prefeito Vasco Praça Filho. Deu certo.
Ah, sim: e quanto à saúde de Zé Bolacha? Vai bem, obrigado. Diversos amigos, Sueli do SESC/LACES à frente, já preparam o seu retorno à seresta, para alegria de muita gente, comentarista no meio. Isso deverá acontecer em memorável evento seresteiro. Que, conforme anunciado e muito apropriadamente, deverá ter o nome de: “A volta do boêmio”…